tag:blogger.com,1999:blog-38204283076948276792024-03-07T20:52:31.984-08:00Nada de novo sob o solWRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.comBlogger34125tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-36358181761039097632015-09-11T16:34:00.003-07:002015-09-11T16:37:12.539-07:00O esquerdismo se revela<h2>
<span style="color: #cc0000;">O esquerdismo se revela</span></h2>
<br />
por Roberto Mattoso Câmara Filho (revista "A Ordem" dezembro 1961)<br />
<br />
<br />
Em recente artigo publicado nesta revista, José Carlos Barbosa Moreira aponta o paradoxo atual da adoção, pela assim denominada esquerda, das atitudes conhecidas como típicas da direita revolucionária há alguns anos atrás. A constatação é precisa, e deixa armado o paradoxo.<br />
<br />
Quando lia o inventário das atitudes políticas da direita de então assumidas hoje pela esquerda, lembrei-me da tristeza com que um amigo, crente fervoroso da democracia, me reproduziu as palavras de um amigo seu, militante de partido cristão, a respeito da questão, eleições no funcionamento do organismo político: "E para que eleições!" Esta frase vinda de um militante de partido democrático dá para meditar.<br />
<br />
Quando passei por este trecho de referências psicanalíticas, ocorreu-me a leitura de trechos de um livro de um marxista, "A destruição da Razão". O autor, George Lukacs, faz um levantamento das linhas e sublinhas das filosofias consideradas por ele irracionalistas, e pretende mostrar que o procedimento delas é uma fuga aos problemas infraestruturais através do mergulho nos domínios do irracional e do mito.<br />
<br />
Ora, não fosse o autor um marxista, teria que acrescentar a seu livro um capítulo, onde analisaria, à luz de uma razão autenticamente filosófica e desmistificada, coisas como a dialética na matéria, a dialética na história, para não falarmos na função redentora do proletariado. O marxismo apresenta uma filiação racionalista, aparentando-se com Descartes através do idealista Hegel, mas, como é peculiar às filosofias híbridas, também rende seu culto ao irracionalismo moderno.<br />
<br />
É esta via irracionalista do marxismo que pode explicar o paradoxo de as bandeiras irracionalistas terem passado, atualmente, das mãos dos revolucionários da direita para as dos esquerdistas.<br />
<br />
A questão fica melhor compreendida se lembrarmos que a direita de outrora, cujo comportamento é agora plagiado com convicção pela esquerda, era tão revolucionária quanto esta última. Direita, no dicionário politico de anos atrás, era conceito que repelia conotação conservadora e implicava em ideologia revolucionária. Os direitistas eram tão inimigos dos burgueses e de suas instituições quanto o são hoje os esquerdistas. E há um ponto comum entre a esquerda e a direita, fonte de uma simetria siamesa, de que muita gente está hoje esquecida: a veneração do estado.<br />
<br />
Os direitistas eram inimigos e dinamitadores de um estado, com vistas à instauração e à sagração de um outro estado. A destruição do Estado burguês era tanto sua obsessão quanto é hoje para o comunista. E o mais interessante, no ódio comum ao Estado burguês, é que ele nasce de um conceito comum divinizador do Estado e de uma crítica à minimização do Estado burguês. Direita outrora, esquerda hoje pretendem uma absolutização do Estado, num procedimento muito diverso do corpo político dominado pela burguesia que lhe entregava a supervisão do supérfluo, que lhe outorgava meras funções de polícia de vigilância.<br />
<br />
O Estado para a direita revolucionária era também um absoluto, o Absoluto. A teoria política dos direitistas se concentrava também no conceito de Estado totalizador, integralizador, como um entidade que absorve todos os órgãos criados pelo organismo político, comunicando-lhes seu modo de ser, e que absorve, também e sobretudo, modelando-os, dando-lhes seu plasma, os homens sob sua suserania.<br />
<br />
A direita também se comunicava com o Absoluto. Assim como para o comunista existe o Partido Comunista, ser meio natural, composto de homens que se matam uns aos outros pelo poder, meio sobrenatural, que é intérprete do Estado e conhece, por isso, os segredos do Absoluto, para o direitista existia o partido nazista ou fascista. Também, o conceito de partido para a direita revolucionária era diverso do democrático. Os partidos, ou melhor, o pluripartidarismo, traduzia aos olhos do homem da direita aquela desagregação própria do Estado-polícia-de-vigilância da sociedade burguesa. Um direitista que visse as atitudes de seu partido revolucionário consideradas como meras atitudes políticas expressando o pensamento de um grupo de homens no gozo de seu livre arbítrio, sentiria rebaixada sua dignidade de intérprete da história. A direita revolucionária ouvia a história e fazia a história através de seu partido.<br />
<br />
Nada mais natural, portanto, que as bandeiras das fascistas e nazistas sejam hoje desfraldadas pelos esquerdista nas paradas da política. A grande autoridade, diante de quem desfilam hoje os esquerdistas, é a mesma que presidia às paradas dos direitista: o Estado.<br />
<br />
No entanto, há algumas observações a fazer quanto às repetições da esquerda do presente.<br />
<br />
A primeira é que a confissão totalitária redunda, ao mesmo tempo, num mérito e num crescimento no erro por parte da esquerda. É que sua atitude de hoje representa uma explicitação e uma confissão de coerência frente a suas premissas. Ela é mais coerente, lógica e sistemática, hoje, do que foi há tempos, quando pedia emprestadas bandeiras com símbolos democráticos para acenos de simpatia. Temos de agradecer-lhe, neste ponto, pela abertura do jogo. Hoje não mais esconde que seu Absoluto é o Estado e que a perfeição do processo histórico consumada no Estado dispensa e rejeita até expedientes alienatórios quais os de eleições, livre organização sindical, pluripartidarismo, etc. O Estado tem a história a lhe sussurrar seus segredos e suas vontades e dispensa, perfeitamente, os adminículos da opinião pública. Isto representa, também, uma consumação e uma perfeição do erro.<br />
<br />
A segunda observação, decorrente da primeira, é que a admissão do jogo democrático no passado constituiu uma simulação visando a esconder as verdadeiras e originais intenções antidemocráticas da filosofia da esquerda. Os de esquerda nunca poderiam ser , de fato, simpáticos ao jogo democrático, ou mesmo ainda à filosofia política democrática. A essência de sua filosofia política repele as figuras, a dinâmica e o espírito da autêntica democracia. A absolutização da Estado é um expediente filosófico que, pelas leis lógicas das estruturas filosóficas, rejeita o conceito de pessoa humana como núcleo ontológico superior ao estado e com uma vocação de valência superior à do Estado. Ora, os expedientes democráticos decorrem da organização política que visa a fazer do Estado um instrumento a serviço dos corpos políticos constituídos pelos cidadãos, enquanto homens no uso de sua razão. O Estado se submete à ordenação racional que as pessoas constituídas em corpo político lhe imprimem, e para esta ordenação são necessários os pronunciamentos democráticos e a instituição de processos democráticos respectivos. Decorre que, pelas leis das essências, a esquerda não poderia reconhecer estatuto filosófico aos processos democráticos.<br />
<br />
A terceira observação diz respeito a uma falsa ambivalência da esquerda de outrora, consistente na presença de linhas de força coletivistas ao lado de linhas de força humanistas, hoje desmascaradas e reduzidas à monovalência do coletivismo. Outrora muitos se engajaram na esquerda iludidos pela restauração dos direitos do homem e da dignidade de pessoa humana, de que a esquerda se proclamava campeã. Hoje a esquerda confessa seu desamor ao homem enquanto homem, ser espiritual, trombeteia a prevalência do homooeconomicus. É claro que para uma concepção do homem em que este seja visto apenas como homo faber, ser fabricante de ferramentas, a filosofia democrática e seus processos constituem superfluidades e até estorvos. Observemos, entre parenteses, que uma filosofia política recebe seu modo de ser, em virtudes das leis lógicas internas a uma filosofia, da concepção do homem que ele apresentar ou que lhe for apresentada.<br />
<br />
O irracionalismo em sua forma típica de divinização do Estado não sofre, portanto, solução de continuidade passando das mãos da direita para as da esquerda. E a esquerda se mostra mais radical, mais solícita ao misterium tremendum encarnado pelo Estado, mais ávida de oferendas ao Leviatã que amplia seu altar até o tamanho do "paredón".<br />
<br />
No reino de Leviatã, não há dúvida, "para que eleições!", basta um "paredón" para os que negarem culto ao deus ciumento. E não exagero, que um esquerdista meu parente, também escarninho quanto a eleições e outras quejandas da democracia, me lançou na cara que a existência dos Estados Unidos é nossa garantia única, ainda, contra um "paredão" que virá para nós, quando assim decidir a dialética da história.<br />
<div>
<br /></div>
WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-85842018306521380472014-08-14T20:02:00.002-07:002014-08-14T20:02:17.418-07:00Apenas para Católicos<h2 style="color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 1.8em; font-weight: normal; letter-spacing: -1px; margin: 10px 0px 0px; padding: 0px;">
O método PPP.</h2>
<div class="entry" style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 1.6em; margin: 10px 0px 0px; padding: 0px; position: relative;">
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
<i style="margin: 0px; padding: 0px;">Como escolher um candidato</i></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: right;">
Por <a href="http://www.providaanapolis.org.br/" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz</a></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Na proximidade das eleições, é preciso oferecer aos cristãos um critério sólido para escolher os candidatos.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Se um edifício tem uma fachada linda, paredes bem resistentes, pilares grossos, mas não tem alicerce, ninguém de bom senso se atreverá a morar nele.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Assim, há candidatos com muitas qualidades humanas: capacidade de administração, boa retórica, boas relações com o público, preparo intelectual, mas nenhum cristão pode votar neles se houver falhas no que há de fundamental: o respeito à vida e à família.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Para escolher um candidato, é preciso examinar três coisas: primeiro, o seu <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Partido</strong>, segundo o seu <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Passado</strong> e, por último, as suas <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Promessas</strong>. É importante observar a ordem deste <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">PPP</strong>. As <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">P</strong>romessas estão em último lugar. Não devemos dar importância a elas se o <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">P</strong>artido do candidato é antivida ou se o candidato no seu <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">P</strong>assado favoreceu a cultura da morte.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">1º) O Partido</strong></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
A Igreja, justamente por ser <i style="margin: 0px; padding: 0px;">católica,</i> isto é, universal, não pode estar confinada a um partido político. Ela “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">não se confunde de modo algum com a comunidade política</i>”[1] e admite que os cidadãos tenham “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">opiniões legítimas, mas discordantes entre si, sobre a organização da realidade temporal</i>”[2].</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Isso não significa, porém, que os fiéis católicos podem filiar-se a qualquer partido. Há partidos que abusam da pluralidade de opinião para defender atentados contra a lei moral, como o aborto e o casamento de pessoas do mesmo sexo. “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">Faz parte da missão da Igreja emitir juízo moral também sobre as realidades que dizem respeito à ordem política, quando o exijam os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas</i>”<sup style="margin: 0px; padding: 0px;"><sup style="margin: 0px; padding: 0px;">[3]</sup></sup>.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Um exemplo de um partido incompatível com a moral cristã é o Partido dos Trabalhadores (PT). No 3º Congresso do PT, ocorrido entre agosto e setembro de 2007, foi aprovada a resolução “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais</i>”, que inclui a “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">defesa da autodeterminação das mulheres, da <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">descriminalização do aborto</strong> e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público</i>”<sup style="margin: 0px; padding: 0px;"><sup style="margin: 0px; padding: 0px;">[4]</sup></sup>. Todo candidato filiado ao PT é obrigado a acatar essa resolução. O Estatuto do PT põe como requisito para ser candidato pelo Partido “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">assinar e registrar em Cartório o ‘<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista</strong></i>’” (art. 140, c)[5]. Tal assinatura, diz o Estatuto, “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">indicará que o candidato ou candidata está previamente de acordo com as normas e <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">resoluções</strong> do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato</i>” (art. 140, §1º). Se o político contrariar uma resolução como essa, que apoia o aborto, “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">será passível de punição, que poderá ir da simples advertência até o desligamento do Partido com renúncia obrigatória ao mandato</i>” (art. 140, §2º). Em 17 de setembro de 2009, dois deputados petistas (Luiz Bassuma e Henrique Afonso) foram punidos pelo Diretório Nacional. O motivo alegado é que eles “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">infringiram a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto</i>”<sup style="margin: 0px; padding: 0px;"><sup style="margin: 0px; padding: 0px;">[6]</sup></sup>.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Não deve causar espanto que o PT aprove o aborto, uma vez que já no artigo 1º de seu Estatuto, tal partido se declara defensor de uma doutrina inúmeras vezes condenada pela Igreja: o <i style="margin: 0px; padding: 0px;">socialismo</i>[7].</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Convém aqui recordar o ensinamento dos dois Papas canonizados pelo Papa Francisco: João XXIII e João Paulo II.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
São João Paulo II explica que “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social.</i> [...] <i style="margin: 0px; padding: 0px;">O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral</i>”[8].</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
O socialismo vê na criança por nascer algo que está subordinado à vontade da sociedade. Se for proveitosa para a sociedade, que nasça. Se for trazer ônus ao Estado, se trouxer mais custos que benefícios, que seja abortada.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Explica-se assim como há uma afinidade estreita entre o socialismo e a causa abortista. Não é à toa que o primeiro país do mundo a legalizar o aborto foi a Rússia, em 1920, logo após a revolução comunista de 1917. Não é à toa também que durante a vigência do nazismo (nacional <i style="margin: 0px; padding: 0px;">socialismo</i>), a Alemanha legalizou a prática do aborto com fins de purificação da raça (eugenia). Não é à toa que na China, que se tornou comunista desde a revolução de 1949, o aborto não é só permitido, mas até obrigatório como meio de controle de natalidade. E não é à toa que em Cuba, sob o regime dos irmãos Castro, ocorrem anualmente cerca de 66 abortos provocados para cada 100 partos!<sup style="margin: 0px; padding: 0px;"><sup style="margin: 0px; padding: 0px;">[9]</sup></sup></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Poderia haver um tipo de socialismo tão suave que pudesse ser aceito pelos cristãos? A essa pergunta, São João XXIII responde negativamente, recordando os ensinamentos de seu predecessor Pio XI: “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">Entre comunismo e cristianismo, o Pontífice</i> <i style="margin: 0px; padding: 0px;">declara novamente que a oposição é radical. E acrescenta não poder admitir-se de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado</i>”[10].</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Eis a lista dos partidos políticos brasileiros que se declaram comunistas ou socialistas:</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido dos Trabalhadores (PT) – 13</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Comunista Brasileiro (PCB) – 21</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Popular Socialista (PPS), sucessor do PCB – 23</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Comunista do Brasil (PC do B) – 65</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido da Causa Operária (PCO) – 29</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Democrático Trabalhista (PDT) – 12</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido da Mobilização Nacional (PMN) – 33</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Pátria Livre (PPL) – 54</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) – 50</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Socialista Brasileiro (PSB) – 40</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) – 16</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Partido Verde (PV)[11] – 43</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Exclua, portanto, os candidatos cujos números começam por</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">13, 21, 23, 65, 29, 12, 33, 54, 50, 40, 16 e 43</strong>.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Não votar em tais candidatos – mesmo que sejam seus amigos – é um ato de correção fraterna. Votar neles é ser cúmplice do erro que eles cometeram ao filiar-se a um partido anticristão.</div>
<hr size="2" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; visibility: hidden;" width="100%" />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">2º) O Passado</strong></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Excluídos os candidatos pertencentes aos partidos acima, é preciso agora examinar o passado de cada candidato. Se ele já foi parlamentar, deve-se examinar como foi o seu voto nas questões relativas à vida e à família. Verifique, por exemplo[12]:</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
1) se em 02/03/2005 ele foi um dos deputados que votou contra ou a favor do artigo 5º da Lei de Biossegurança, que permite a destruição de embriões humanos.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
2) se em 13/08/2008 ele foi um dos deputados que assinaram o Recurso 0201/08, de José Genoíno (PT/SP), solicitando que o projeto abortista PL 1135/91 não fosse arquivado, mas primeiro fosse apreciado pelo plenário da Câmara.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
3) se em 28/05/2009 ele foi um dos deputados que assinaram a PEC 367/2009, pretendendo dar um terceiro mandato (pró-aborto) ao presidente Lula.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
4) se em 19/05/2010 ele foi um dos deputados que votaram contra o Estatuto do Nascituro na Comissão de Seguridade Social e Família.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
5) se em 22/04/2014 ele foi um dos senadores que votaram a favor da <i style="margin: 0px; padding: 0px;">ideologia de gênero</i> no Plano Nacional de Educação.</div>
<hr size="2" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; visibility: hidden;" width="100%" />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">3º) As Promessas</strong></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
As promessas de defender a vida desde a concepção até a sua morte natural etc., ainda que sejam feitas por escrito e assinadas, só têm algum valor se o candidato já venceu as duas etapas anteriores: o Partido e o Passado. É totalmente inútil, por exemplo, que um candidato petista (que, portanto, já assinou o <i style="margin: 0px; padding: 0px;">Compromisso Partidário do Candidato Petista</i> em defesa do aborto) venha agora assinar um outro compromisso em defesa da vida. Cuidado, portanto, com os “pró-vida” de última hora!</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Anápolis, 13 de agosto de 2014.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Presidente do Pró-Vida de Anápolis</div>
<hr align="left" size="1" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; visibility: hidden;" width="33%" />
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[1] Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, n. 76.</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[2] Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, n. 75.</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[3] Catecismo da Igreja Católica, n. 2246, citando “Gaudium et Spes, n. 76.</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[4] Resoluções do 3º Congresso do PT, p. 82. in: http://old.pt.org.br/arquivos/Resolucoesdo3oCongressoPT.pdf</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[5] Partido dos Trabalhadores. Estatuto, art. 140, c in: http://old.pt.org.br/arquivos/ESTATUTO_PT_2012_-_VERSAO_FINAL_registrada.pdf</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[6] DN suspende direitos partidários de Luiz Bassuma e Henrique Afonso. Notícias. 17 set. 2009, in: http://www.pt.org.br/portalpt/documentos/dn-suspende-direitos-partidarios-de-luiz-bassuma-e-henrique-afonso-254.html</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[7] “<i style="margin: 0px; padding: 0px;">Art. 1º – O Partido dos Trabalhadores (PT) é uma associação voluntária de cidadãos e cidadãs [...] com o objetivo de construir o <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">socialismo</strong> democrático</i>”.</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[8] JOÃO PAULO II, Encíclica <i style="margin: 0px; padding: 0px;">Centesimus annus</i>, 1991, n. 13.</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[9] Cf. Anuario Estadístico de Salud 2013, p. 166, in: http://files.sld.cu/dne/files/2014/05/anuario-2013-esp-e.pdf</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[10] João XXIII, Encíclica <i style="margin: 0px; padding: 0px;">Mater et magistra</i>, 1961, n.º 31</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[11] O PV não se declara socialista, mas em seu Programa defende o homossexualismo e a legalização do aborto (cf. http://pv.org.br/wp-content/uploads/2011/02/programa_web.pdf).</div>
</div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px;">
[12] Pode-se verificar isso clicando em “Como votaram”, no sítio do Pró-Vida de Anápolis:<a href="http://www.providaanapolis.org.br/" rel="nofollow" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;">http://www.providaanapolis.org.br</a></div>
</div>
</div>
WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-26101079694393672892013-07-09T14:31:00.000-07:002013-07-09T14:45:26.700-07:00JulgamentoBoff julga Lumen Fidei <br />
<br />
Leonardo Boff decide julgar a Encíclica Lumen Fidei do Papa Francisco e após muitas besteiras arremata com o parágrafo abaixo.<br />
<span style="font-size: xx-small;">-</span><br />
<i><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"> " Mas
se constata na Encíclica uma dolorosa lacuna que lhe subtrai grande parte da relevância: não aborda as crises da fé do homem de hoje, suas dúvidas, suas perguntas que nem a fé pode responder: Onde estava Deus no tsunami que dizimou milhares de vida ou em Fukushima? Como crer depois dos massacres de milhares de indígenas feitos por cristãos ao longo de nossa história, dos milhares de torturados e assassinados pelas ditaduras militares dos anos 70-80? Como ainda ter fé depois dos milhões de mortos nos campos nazistas de extermínio? A encíclica não oferece nenhum elemento para respondermos a estas angústias. Crer é sempre crer apesar de…A fé não elimina as dúvidas e as angústias de um Jesus que grita na cruz:”Pai, por que me abandonaste”? A fé tem que passar por este inferno e transformar-se em esperança de que para tudo existe um sentido, mas escondido em Deus. Quando se revelará?</span></span></i><br />
<span style="font-family: Times; font-size: 18pt;"><i><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><b> Leonardo Boff</b>"</span></span></i><span style="font-size: small;"><br /></span></span><br />
<b><br /> " Mas se constata na Encíclica uma dolorosa lacuna que lhe subtrai grande parte da relevância: não aborda as crises da fé do homem de hoje,..."</b><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;"> </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small;">A crise de fé tratada como sendo crises de fé "do homem de hoje", é algo impessoal, como se a crise de fé não ferisse a um coração em particular, não fosse sentida e chorada no escuro do quarto, como realmente deve ser. Não existe salvação coletiva, a salvação é sempre individual. Porque quando discutimos o problema do sofrimento, a questão colocada é sempre uma tragédia com muitos mortos, como se cada morto, cada tragédia pessoal já não bastasse para o desenvolvimento de questões teológicas, mas para que a questão seja objeto da grande midia um rio de sangue é bem melhor que uma dor particular, como se Deus usasse estes mesmos parâmetros .</span></span><br />
<b>" Onde estava Deus no tsunami que dizimou milhares de vida ou em Fukushima? Como crer depois dos massacres de milhares de indígenas feitos por cristãos ao longo de nossa história, dos milhares de torturados e assassinados pelas ditaduras militares dos anos 70-80? Como ainda ter fé depois dos milhões de mortos nos campos nazistas de extermínio?"</b><br />
<br />
Onde estava Deus quando os Romanos quase dizimaram os Judeus em 70 dc, etc etc. <br />
Frases de efeito para costurar um sentimento anti religioso, anti clerical, as diferenças entre eras antigas com crises antigas e o tempo atual com suas dificuldades são basicamente, o avanço das mídias e o aprimoramento dos demônios "high-tech", nem religiosos hereges são novidades.<br />
<br />
<br />
Leonardo Boff baba... <b>"A fé não elimina as dúvidas e as angústias de um Jesus que grita na cruz”</b><br />
Cristo não grita na cruz <b>"Pai, por que me abandonaste?”</b> porque esperasse mais do Pai ou porque seu Pai fosse surdo, (ele gritou sim, mas para que os homens ouvissem) Ele sabia que quem desejasse segui-lO seria muito assediado pelo sentimento de abandono, de fim próximo e falta de perspectiva, sabia também que somente a fé na sua ressurreição poderia aplacar os momentos de solidão e desalento certos de virem a acorrer na vida de cada cristão.<br />
<br />
<b>" A encíclica não oferece nenhum elemento para respondermos a estas angústias. "</b><br />
Toda angústia é falta de fé, todo medo é falta de fé, todo desespero é falta de fé, o temor do Senhor é a resposta suficiente e necessária. A encíclica Luz da fé só não foi lida pelo seu Boff.<br />
<span style="font-family: Times; font-size: 18pt;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
Finalmente para seo Boff, <b> " A fé tem que passar por este inferno e transformar-se em esperança de que para tudo existe um sentido," </b>que nem podemos discordar, mas então ele se coloca em posição de exigir contas de Deus <b> "mas escondido em Deus. Quando se revelará?"</b><br />
<br />
Ele não gostou a encíclica.. Graças a Deus.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-45652743249965002712013-07-09T10:02:00.000-07:002013-07-09T10:04:11.895-07:00Estudos da CNBB 104 101<br />
Quando os responsáveis legais por uma criança são, declarada e publicamente, contra a doutrina católica, o batismo desta criança, somente seria admissível se em perigo de morte. A fé não deve e nem pode ser ato contra a vontade ou não terá valor, assim sendo e respeitando-se os envolvidos se evita um ato inócuo.<br />
<br />
Não sendo possível a conversão dos responsáveis legais, deve-se esperar que a criança atinja a idade da razão e conhecendo a doutrina busque o batismo. <br />
<br />
Cân. 868 – § 1. Para que uma criança seja licitamente batizada, é necessário que:<br />
1º os pais, ou ao menos um deles ou quem legitimamente faz as suas vezes, consintam;<br />
2º haja fundada esperança de que será educada na religião católica; se essa esperança faltar de todo, o batismo seja adiado segundo as prescrições do direito particular, avisando-se aos pais sobre o motivo. <br />
§ 2. Em perigo de morte, a criança filha de pais católicos, e mesmo não-católicos, é licitamente batizada mesmo contra a vontade dos pais”.<br />
<br />
<br />
Estudos da CNBB 104 <br />
101. Em nossas paróquias participam pessoas unidas sem o vínculo sacramental, outras estão numa segunda união, e há aquelas que vivem sozinhas sustentando os fi lhos. Outras configurações também aparecem, como avós que criam netos ou tios que sustentam sobrinhos. Crianças são adotadas por pessoas solteiras ou por pessoas do mesmo sexo que vivem em união estável.<br />
<br />
É preciso precaução para que pares de mesmo sexo, abusando de sua condição de responsáveis legais sobre menores e desejando criar escândalo na Igreja, peçam o sacramento, para de forma pública simular a conivência da Igreja para com sua conduta anti cristã. Neste caso, com a concordância do padre, com padrinhos qualificado e em ato restrito que deixe claro o desejo do batismo e não a ofensa aos cristãos, a criança receberia a graça do batismo, senão alerta-se aos envolvidos que quando for o tempo certo a criança poderá pedir por si.<br />
<br />
Duas pessoas de mesmo sexo em união estável são, declarada e publicamente, contra a doutrina católica.<br />
<br />
<br />WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-88432529909435129902013-07-08T17:33:00.004-07:002013-07-08T18:20:32.118-07:00Fé e Religião<br />
<br />
Ninguém diz conscientemente "Até amanhã" se não tiver fé!<br />
<br />
A luz do conhecimento é uma luz voltada para o passado, mesmo quando informa eventos futuros, nenhum método científico prova e existência do amanhã, apenas pode supor que o amanha exista e "tem fé" que o amanhã venha a existir mas Não tem como provar.<br />
<br />
Todos nós, por uma convicção sem sentido, acreditamos que o dia de amanhã virá com certeza, mas nada possuímos que possa comprovar esta certeza.<br />
<br />
A fé é um dom que Deus entrega a todos os seres humanos sem distinção e isto permite que vivamos no tempo,a cada momento vivido cremos no momento seguinte e desta foma e apenas sustentados pela fé criamos a ilusão do tempo, nesta ilusão vive a nossa ciência e a nossa razão.<br />
<br />
A preocupação do pregador da fé em Cristo, com a falta de fé do ateu esbarrava na afirmação do ateu de que não tinha fé, e na afirmação de que a fé é para os menos aptos. Como ensinar a ter fé, como fazer alguém acreditar em algo que "não se pode comprovar", como conversar com que não tem fé?.<br />
<br />
Este é o grande abismo separando o crente com fé do ateu sem fé, mas é uma abismo ilusório e inexistente, o ateu por algum motivo pode não ter fé em Cristo, pode não ter fé no que Cristo pregou, mas a fé básica nem o ateu mais reticente pode, sendo sincero, negar que tem!<br />
<br />
A fé de que o amanhã virá, que o amanhã existirá é tão sedimentada em nossa vida que parece absurdo tratar disto como assunto de fé. Todo ateu tolo dirá que para que o amanhã exista eu não preciso acreditar, posso até duvidar e nem de longe preciso ter fé de que isto acontecerá pois isto acontecerá ainda que eu não creia. Claro, claro, claríssimo, mas hoje não temos como comprovar que o amanhã virá, assim como tudo que temos certeza mas não temos como comprovar apenas dizemos assim será, queiram os descrente ou não e com a mesma convicção dos fanáticos de que o amanhã virá.<br />
<br />
Enquanto o conhecimento e a razão são luzes que nos ajudam na nossa vida e preparam o nosso futuro, eles mesmos, conhecimento e razão, não podem garantir que o futuro venha a existir, toda a dedicação despendida no acúmulo de conhecimento e domínio da razão não nos garantem um dia seguinte, se nos preocupamos com a razão e com o conhecimento é porque é a fé que nos permite o futuro.<br />
<br />
Mesmo o mais renhido ateu só pode dizer "até amanhã" para alguém se tiver uma "lanterna de fé" que lhe explique o que este amanhã, não totalmente provável, seja. Vivemos de forma tão imersa na fé, infinitamente mais imersos que no ar que respiramos, que embora imaginemo-nos sufocando por falta de ar, ainda assim acreditamos que o amanhã existirá mesmo que nós não consigamos ver este amanhã.<br />
<br />
Conheço pessoas que afirmam viver tendo apenas esta "fé básica". Eu prefiro dizer fé vazia.<br />
<br />
Compreendida a fé como dom presente a todos os seres humanos, podemos conversar sobre como avançar com esta fé muito mais longe que apenas dias de vida.<br />
<br />
Cristo sabia que além de apontar para o futuro e fé precisava iluminar este futuro e Ele não tinha a intenção de ser uma lâmpada que ilumina o chão, mas uma luz que ilumina a vida e também a vida ainda não vivida. <br />
<b>« Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas » (Jo 12, 46)</b><br />
<br />
<i><b>A luz da fé é a expressão com que a tradição da Igreja designou o grande dom trazido por Jesus.</b><br />(Lumen Fidei - Papa Francisco)</i><br />
<br />
Que adianta toda a ciência e toda a tecnologia se estamos mortos??<br />
<br />
<i><b>Por isso, urge recuperar o caráter de luz que é próprio da fé, pois, quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por perder o seu vigor. De facto, a luz da fé possui um caráter singular, sendo capaz de iluminar toda a existência do homem. Ora, para que uma luz seja tão poderosa, não pode dimanar de nós mesmos; tem de vir de uma fonte mais originária, deve porvir em última análise de Deus</b><br />(Lumen Fidei - Papa Francisco)</i>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-77377568099121287952013-07-04T19:20:00.002-07:002013-07-05T10:41:46.501-07:00A mídia e o cidadão<h2 class="western">
<span style="font-size: x-small;"></span>A mídia e o cidadão</h2>
<div class="western">
Wilson Ramiro<span style="font-size: x-small;"> (parafraseando Antônio
Gramsci)</span></div>
<h3 class="western">
2013</h3>
Os canais de televisão preparam "suas chamadas", propagandas cada
vez mais elaboradas que atraem a atenção do público (isto é, do
telespectador) para a sua mercadoria. A mercadoria é toda a
programação que dia a dia vai injetar no espírito do cidadão os
modos de sentir e de julgar os fatos da atualidade política que mais
convém aos inimigos da família e da sociedade. Estamos dispostos a
discorrer, com o homem de bem especialmente, sobre a importância e a
gravidade daquele ato aparentemente tão inocente que consiste em
escolher a rede que se pretende assistir!<br />
É uma escolha cheia de insídias e de perigos que deveria ser
feita com consciência, com critério e depois de amadurecida
reflexão. Antes de mais, o cidadão deve negar decididamente
qualquer solidariedade com a rede que não tenha a sua ideia de vida.
Deveria recorda-se sempre, sempre, sempre, que a rede de televisão
que não defenda o interesse do povo (qualquer que seja sua cor) é
um instrumento de luta movido por ideias e interesses que estão em
contraste com os seus. Tudo o que se divulga é constantemente
influenciado por uma ideia: servir ao partido dominante, o que se
traduz sem dúvida num fato: combater o cidadão que paga impostos.
E, de fato, da primeira à última programação, o canal anti vida
sente e revela esta preocupação. Mas o pior reside nisto: em vez de
pedir dinheiro aos comunistas para o subvencionar a obra de defesa
exposta em seu favor, o canal governista consegue fazer-se pagar
pelo próprio cidadão que paga impostos, cidadão que ele combate sempre. E o
povo paga, pontualmente, generosamente. Centenas de milhares de
cidadãos contribuem regularmente todos os dias com sua audiência
para o canal anti família, aumentando a sua potência. Porquê? Se
perguntarem ao primeiro trabalhador que encontrarem no ônibus ou na
rua, defendendo a rede globo, ouvirão esta resposta: É porque tenho
necessidade de saber o que há de novo. E não lhe passa sequer pela
cabeça que as notícias e os ingredientes com as quais são
cozinhadas podem ser expostos com uma arte que dirija o seu
pensamento e influa no seu espírito em determinado sentido. E, no
entanto, ele sabe que tal canal é vendido, que outro é
interesseiro, que o terceiro, o quarto e quinto estão ligados a
grupos políticos que têm interesses diametralmente opostos aos
seus. Todos os dias, pois, sucede a este mesmo trabalhador a
possibilidade de poder constatar pessoalmente que os canais que
seguem o governo apresentam os fatos, mesmo os mais simples, de modo
a favorecer aos políticos que usam do poder e a política do governo
com prejuízo da própria política e do trabalhador.<br />
O governo aprova uma lei? É sempre boa, útil e justa, mesmo se
não é verdade. Desenvolve-se uma campanha eleitoral, política ou
administrativa? Os candidatos e os programas melhores são sempre os
dos partidos do governo. E não falemos daqueles casos em que o canal
de televisão ou cala, ou deturpa, ou falsifica para enganar, iludir
e manter na ignorância o público trabalhador. Apesar disto, a
aquiescência culposa do cidadão em relação ao canal de televisão
é sem limites. É preciso reagir contra ela e despertar o cidadão
para a exata avaliação da realidade. É preciso dizer e repetir que
a audiência atirada distraidamente para a mão do pesquisador é um
projétil oferecido ao canal de televisão que o lançará depois, no
momento oportuno, contra o próprio cidadão.<br />
Se as pessoas de bem tomassem ciência desta elementaríssima
verdade, aprenderiam a boicotar a imprensa anti vida, em bloco e com
a mesma disciplina com que o governo boicota a vontade da maioria da
população, isto é, a maioria cristã.<br />
Não contribuam com o dinheiro para a imprensa que é contra a
vida que vos é adversária: eis qual deve ser o nosso grito de
guerra neste momento, caracterizado pela campanha anti família,
feitas por todos os meios de comunicação. Boicotem, boicotem,
boicotem!WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-11072063168060079492013-06-04T19:39:00.000-07:002013-06-04T19:44:57.216-07:00Pessoa de bem.<i>
<br />
<b>Só faz o mal quem ignora</b>, sentenciava Sócrates, pelo que, o sábio deveria ter por principal cuidado espancar as trevas intelectuais; com a luz a refulgir, reinaria, por via de consequência a virtude. <br />
<br />
Ideal racionalista, que atravessou séculos e anima ainda o sonho pueril e perigoso do cientificismo; sob forma aliás descaída, pois que Sócrates pelo menos ensinava moral, enquanto o ingênuo cientificista se lhe afigura regenerar o mundo espargindo cultura -- como se a barbárie científica não fosse uma realidade.<br />
<br />
A quem vive perdido na utopia, mostram os fatos a possibilidade de percebermos claramente a verdade moral, desobedecendo-lhe todavia. Não apenas a inteligência, senão ainda vontade livre, tal é o homem. Conheça embora os preceitos da ética e lhes admita a validade, pode ainda contrariá-lo, pecar.<br />
<br />
Para não falar em Ovídio, já o experimentava São Paulo: "O querer está em mim, não consigo realizar o bem; porque não faço o bem que desejo, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7, 18-19).<br />
<br />
Afagaria pois, perigosa ilusão, quem cuidasse que a instrução religiosa por si só deveria de gerar católicos sem jaça. Aí está a triste e cotidiana experiência a patentear como profundo conhecimento do dogma e da moral é compatível com medíocre vida cristã. Todos nós já encontramos católicos esclarecidos que prevaricam quando podem. De ordinário culpam-se os métodos catequéticos, a pedagogia cristã. Revela esta crítica profunda ilusão. A força de agir sobre a matéria bruta com resultados infalíveis, imaginamos poder atingir igual "eficiência" no trato com homens. Esquecemos que estes não são máquinas, mas sim pessoas livres. O pedagogo, ainda quando logra em rara vez -- penetrar além da superfície do eu, vê escapar-lhe a região tenebrosa onde se entrincheira, inviolável, o livre arbítrio, com o seu poder de resistir ao mesmo Deus. Porventura não era Jesus o sumo pedagogo? Não formou os Doze com zelo clarividente e indefesso, ensinando-lhes as mais sublimes doutrinas, obrando diante deles os mais estupendos milagre, arrastando-os pelos mais comovedores exemplos, Seduzindo-os pela magia de sua personalidade? Não obstante, houve entre os Doze um traidor. Judas deveria ter exterminado para sempre o Socratismo.</i><br />
(Iniciaçã<i>o Teológica, Pe Penido)</i>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-35796751590801044122013-05-20T20:07:00.000-07:002013-05-20T20:07:04.552-07:00Mundo Católico, mundo ateu.Mundos<br />
<br />
No mundo católico o amor é fruto do amor de Deus, no mundo ateu, o amor é fruto de reações químicas.<br />
No mundo católico a compaixão e a solidariedade são frutos do amor, no mundo ateu, são frutos de reações químicas.<br />
No mundo católico a vida tem valor como presente de Deus, no mundo ateu, a vida é fruto de reações químicas.<br />
No mundo católico a Mãe é o reflexo do amor de Deus, no mundo ateu, mãe é resultado de reações químicas<br />
Ou seja, tudo o que representa valores para os cristãos, são para os
ateus apenas e frívolas reações químicas, indignas de respeito.<br />
<br />
O mais interessante, e paradoxal, é que a maior derrota dos ateus
seria a vitória do ateísmo. O inferno para um ateu será, após sua morte,
ele descobrir que estava certo. É quase demência.<br />
<br />
<i>Um homem que imagina ser uma galinha é para si mesmo tão comum
como uma galinha. Um homem que imagina ser um caco de vidro é para si
mesmo tão sem graça como um caco de vidro. A homogeneidade de sua mente é
o que o torna sem graça, e o que o torna louco. E somente pelo fato de
percebermos a ironia de sua idéia que nós o achamos até engraçado; é
somente pelo fato de ele não ver a ironia de sua idéia que ele é
internado em Hanwell, não por outro motivo.</i><br />
<b>(Chesterton – Ortodoxia)</b>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-77410136437624098322013-05-17T19:45:00.003-07:002013-05-17T19:46:59.049-07:00Deus existe<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
Deus existe?
</h3>
<div class="post-header">
</div>
Deus existe?<br />
Quando uma pessoa pergunta -- Deus existe?
Esta pessoa não deseja uma resposta, ela apenas quer expressar sua forma
de pensar ou justificar sua forma de viver. Deus não é algo a ser
aprendido é uma verdade a ser lembrada.<br />
<br />
Afirmar que Deus não é necessário não ofende Deus e não ofende quem tem
fé, isto é apenas o sintoma do orgulho satânico de quem acredita que se
Deus não existir, a cadeira de Deus fica vaga e dela quer a posse. O
diabo sabe que os homens atuais não desejam ser pecadores seguidores de
demônios, querem a vaga de satanás e isto ele oferece-lhes
convencendo-os que para isto é preciso eliminar Deus, o grande inibidor
dos poderes do ser humano.<br />
<br />
Deus que está no início dos tempos e cria o mundo, Deus que tudo criou no início dos tempos.
O home vive no tempo, mas nossa alma é criada no início dos tempos, nosso espírito somente descansará contemplando Deus.<br />
Precisamos que pessoas nos lembrem de nosso "cordão umbilical com Deus" e
para esta lembrança damos o nome de fé. Quem deseja a fé deve pedi-la,
não existe outro modo. Repetindo no silêncio "Deus quero te sentir",
infinitas vezes.<br />
<br />
Quando alguém afirma não lembrar de Deus, não está mentindo apenas para
quem o ouve mas mente para seu coração, abandona sua alma e acredita ser
feliz, livre da prisão da fé, livre do grilhão umbilical pelo qual Deus
nos mantinha, mas a fé não é uma obrigação enfiada na cabeça do
cristão, a fé nasce do silêncio do mundo para ouvir Deus falando
contigo. O silêncio no bom leva para fé, o silêncio no mau leva para a
loucura.<br />
<br />
O homem que sente a presença de Deus em sua vida e a rejeita, odeia sua
mãe, ela é o canal desta imagem. Assim como o homem vai ganhando a forma
humana alimentado por sua mãe, vai recebendo a forma divina alimentada
por Deus.<br />
<br />
O oposto da fé é o medo, apenas a fé supera o medo. E é o medo, de forma
inversamente proporcional, a régua para conhecermos o tamanha de nossa
fé. Embora a razão nos facilite a compreensão da vida, ela a razão,
jamais nos dará uma razão para vida e mesmo os apóstolos de Cristo que
conviveram com Ele, dEle receberam tantos ensinamento e presenciaram
tantos milagres, permaneciam COVARDES, apenas quando o Espírito Santo
"abriu seus olhos" quando puderam entender Deus em suas origens, a fé
assentou-se neles e eles não mais tiveram medo. O Temor de Deus quando
perfeito na pessoa é uma virtude teologal por excelência é o que
diferencia os santos do resto.
WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-81420347513257048542011-04-27T13:51:00.000-07:002011-04-27T14:06:25.920-07:00Do Meu DeusUma frase ateia que pretende afirmar que o homem criou Deus e não Deus criou o homem.<br /> <blockquote>"Se um dia os triângulos tiverem um deus, este terá três lados"</blockquote><br />Gosto da frase, a acho simpática. Mas o que estas pessoas não compreendem é que, é de Deus que vem o desejo de conhecê-lo, a necessidade que o homem tem de Deus. é uma necessidade plantada por Deus, ele não fez isto com nenhum outro animal, nem os macacos nem os golfinhos carregam insatisfação por ignorar Deus.<br /><br />Se um dia Deus plantar nos triângulos o desejo de conhecê-lo, eles o buscarão e então descobrirão que foram criados com três lados, porque seu Deus os amava e os queria como imagem sua.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-11960786739847756222011-04-27T12:50:00.000-07:002011-04-27T13:03:07.962-07:00O Certo e o Errado1. A LEI DA NATUREZA HUMANA<br />Todo o mundo já viu pessoas discutindo. Às vezes, a discussão soa engraçada; em outras, apenas desagradável. Como quer que soe, acredito que podemos aprender algo muito importante ouvindo os tipos de coisas que elas dizem. Dizem, por exemplo: "Você gostaria que fizessem o mesmo com você?"; "Desculpe, esse banco é meu, eu sentei aqui primeiro"; "Deixe-o em paz, que ele não lhe está fazendo nada de mal"; "Por que você teve de entrar na frente?"; "Dê-me um pedaço da sua laranja, pois eu lhe dei um pedaço da minha"; e "Poxa, você prometeu!" Essas coisas são ditas todos os dias por pessoas cultas e incultas, por adultos e crianças.<br /><br />O que me interessa em todos estes comentários é que o homem que os faz não está apenas expressando o quanto lhe desagrada o comportamento de seu interlocutor; está também fazendo apelo a um padrão de comportamento que o outro deveria conhecer. E esse outro raramente responde: "Ao inferno com o padrão!" Quase sempre tenta provar que sua atitude não infringiu este padrão, ou que, se infringiu, ele tinha uma desculpa muito especial para agir assim. Alega uma razão especial, em seu caso particular, para não ceder o lugar à pessoa que ocupou o banco primeiro, ou alega que a situação era muito diferente quando ele ganhou aquele gomo de laranja, ou, ainda, que um fato novo o desobriga de cumprir o prometido. Está claro que os envolvidos na discussão conhecem uma lei ou regra de conduta leal, de comportamento digno ou moral, ou como quer que o queiramos chamar, com a qual efetivamente concordam. E eles conhecem essa lei. Se não conhecessem, talvez lutassem como animais ferozes, mas não poderiam "discutir" no sentido humano desta palavra. A intenção da discussão é mostrar que o outro está errado. Não haveria sentido em demonstrá-lo se você e ele não tivessem algum tipo de consenso sobre o que é certo e o que é errado, da mesma forma que não haveria sentido em marcar a falta de um jogador de futebol sem que houvesse uma concordância prévia sobre as regras do jogo.<br /><br />Ora, essa lei ou regra do certo e do errado era chamada de Lei Natural. Hoje em dia, quando falamos das "leis naturais", quase sempre nos referimos a coisas como a gravitação, a hereditariedade ou as leis da química. Porém, quando os pensadores do<br />passado chamavam a lei do certo e do errado de "Lei Natural", estava implícito que se tratava da Lei da Natureza Humana. A ideia era a seguinte: assim como os corpos são regidos pela lei da gravitação, e os organismos, pelas leis da biologia, assim também a criatura chamada "homem" possui uma lei própria - com a grande diferença de<br />que os corpos não são livres para escolher se vão obedecer à lei da gravitação ou não, ao passo que o homem pode escolher entre obedecer ou desobedecer à Lei da Natureza Humana.<br /><br />Examinemos a questão sob outro prisma. Todo homem está continuamente sujeito a diversos conjuntos de leis, mas a apenas um ele é livre para desobedecer. Enquanto corpo, ele é regido pela gravitação e não pode desobedecê-la; se ficar suspenso no ar, sem apoio, fatalmente cairá como cairia uma pedra. Enquanto organismo, está sujeito a diversas leis biológicas, às quais, como os animais, não pode desobedecer. Em outras palavras, o homem não pode desobedecer às leis que tem em comum com os outros seres; mas a lei própria da natureza humana, a lei que não é compartilhada nem pelos animais, nem pelos vegetais, nem pelos seres inorgânicos, a esta<br />lei o ser humano pode desobedecer, se assim quiser. Essa lei era chamada de Lei Natural porque as pessoas pensavam que todos a conheciam naturalmente e não precisavam que outros a ensinassem. Isso, evidentemente, não significava que não se pudesse encontrar, aqui e ali, um indivíduo que a ignorasse, assim como existem<br />indivíduos daltônicos ou desafinados. Considerando a raça humana em geral, no entanto, as pessoas pensavam que a ideia humana de comportamento digno ou decente era óbvia para todos. E acredito que essas pessoas tinham razão. Se assim não fosse, as coisas que dizemos a respeito da guerra não teriam sentido nenhum. Se o Certo não for uma entidade real, que os nazistas, lá no fundo, conhecem tão bem quanto nós e têm o dever de praticar, qual o sentido de dizer que o inimigo está errado? Se eles não têm nenhuma noção daquilo que chamamos de Certo, talvez tivéssemos de combatê-los do mesmo jeito, mas não poderíamos culpá-los pelas suas ações, da mesma forma que não podemos culpar um homem por ter nascido com os cabelos louros ou castanhos.<br /><br />Sei que certas pessoas afirmam que a ideia de uma Lei Natural ou lei de dignidade de comportamento, conhecida de todos os homens, não tem fundamento, porque as diversas civilizações e os povos das diversas épocas tiveram doutrinas morais muito diferentes.<br /><br />Mas isso não é verdade. E certo que existem diferenças entre as doutrinas morais dos diversos povos, mas elas nunca chegaram a constituir algo que se assemelhasse a uma diferença total. Se alguém se der ao trabalho de comparar os ensinamentos morais dos antigos egípcios, dos babilônios, dos hindus, dos chineses, dos gregos e dos romanos, ficará surpreso, isto sim, com o imenso grau de semelhança que eles têm entre si e também com nossos próprios ensinamentos morais. Reuni alguns desses dados concordantes no apêndice que escrevi para um outro livro, chamado The Abolition of Man [A abolição do homem]. Porém, para os fins que agora temos em vista, basta perguntar ao leitor como seria uma moralidade totalmente diferente da que conhecemos.<br />Imagine um país que admirasse aquele que foge do campo de batalha, ou em que um homem se orgulhasse de trair as pessoas que mais lhe fizeram bem. O leitor poderia igualmente imaginar um país em que dois e dois são cinco. Os povos discordaram a respeito de quem são as pessoas com quem você deve ser altruísta - sua família, seus compatriotas ou todo o género humano; mas sempre concordaram em que você não deve colocar a si mesmo em primeiro lugar. O egoísmo nunca foi admirado. Os homens divergiram quanto ao número de esposas que podiam ter, se uma ou quatro; mas sempre concordaram em que você não pode simplesmente ter qualquer mulher que lhe apetecer.<br />O mais extraordinário, porém, é que, sempre que encontramos um homem a afirmar que não acredita na existência do certo e do errado, vemos logo em seguida este mesmo homem mudar de opinião. Ele pode não cumprir a palavra que lhe deu, mas, se você fizer a mesma coisa, ele lhe dirá "Não é justo!" antes que você possa dizer "Cristóvão Colombo". Um país pode dizer que os tratados de nada valem; porém, no momento seguinte, porá sua causa a perder afirmando que o tratado específico que pretende romper não é um tratado justo. Se os tratados de nada valem, se não existe um certo e um errado — em outras palavras, se não existe uma Lei Natural -, qual a diferença entre um tratado justo e um injusto? Será que, agindo assim, eles não deixam o rabo à mostra e demonstram que, digam o que disserem, conhecem a Lei Natural tanto quanto qualquer outra pessoa? Parece, portanto, que só nos resta aceitar a existência de um certo e um errado. As pessoas podem volta e meia se enganar a respeito deles, da mesma forma que às vezes erram numa soma; mas a existência de ambos não depende de gostos pessoais ou de opiniões, da mesma forma que um cálculo errado não invalida a tabuada.<br /> (C.S.Lewis- Cristianismo puro e simples)WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-3681730174815947772011-03-30T14:39:00.000-07:002011-03-30T17:17:04.575-07:00Não tinham nem uma coisa nem outraTudo o que eu até então ouvira sobre a teologia cristã me alienara dela. Eu era pagão aos doze anos de idade e um perfeito agnóstico aos dezesseis; e não posso entender ninguém que ultrapasse os dezessete anos sem ter-se feito uma pergunta tão simples. Eu retive, de fato. uma obscura reverência por uma deidade cósmica e um grande interesse histórico pelo Fundador do cristianismo. Mas certamente o via como um homem; embora talvez achasse que, mesmo sob esse aspecto, ele levasse vantagem sobre alguns de seus críticos modernos.<br />Li a literatura cética e científica do meu tempo — tudo nesse campo, pelo menos tudo o que pude encontrar em língua inglesa ao alcance de minhas mãos; e não li mais nada; quero dizer, mais nada de qualquer outro cunho filosófico. As obras sensacionalistas que também li pertenciam de fato a uma tradição heroica e sadia do cristianismo; mas eu não sabia disso naquele tempo. Nunca li uma linha de apologética cristã. Leio o menos possível disso atualmente.<br />Foram Huxley, Herbert Spencer e Bradlaugh que me trouxeram de volta à teologia ortodoxa. Eles me semearam na mente as primeiras fortes dúvidas da dúvida. Nossas avós estavam muito certas quando diziam que Tom Paine e os livres-pensadores perturbavam a cabeça. Perturbavam mesmo. Perturbaram a minha de um modo horrível. O racionalista me fez perguntar se a razão tinha alguma utilidade qualquer; e, quando terminei Herbert Spencer, eu já fora tão longe que duvidei (pela primeira vez na vida) se a evolução havia sequer acontecido. Quando depus a última das palestras ateias do Coronel Ingersoll, irrompeu o terrível pensamento: 'Tu quase me persuadiste a ser cristão". Eu o era de um modo desesperado.<br />Esse estranho efeito dos grandes agnósticos despertando dúvidas mais profundas do que aquelas que eles mesmos alimentavam poderia ser ilustrado de muitas maneiras. Tomo apenas uma. A medida que eu lia e relia todas as explicações não-cristãs ou anticristãs da fé, de Huxley a Bradlaugh, uma lenta e terrível impressão se formava gradativa mas graficamente em minha cabeça — a impressão de que o cristianismo deve ser maximamente extraordinário. Pois ele, no meu modo de entender, não só tinha os vícios mais ardentes, mas aparentemente tinha um talento místico para combinar vícios que pareciam incompatíveis entre si.<br />O cristianismo era atacado de todos os lados e por todas as razões contraditórias. Mal um racionalista acabara de demonstrar que ele pendia demais para o oriente, outro demonstrava com igual clareza que ele pendia demais para o ocidente. Mal a minha indignação se arrefecera diante de sua configuração quadrada angular e agressiva, minha atenção era novamente chamada para observar e condenar sua irritante natureza redonda e sensual. Caso algum leitor não tenha percebido aquilo de que estou falando, vou dar aleatoriamente os exemplos de que me lembro para ilustrar a contradição interna dos ataques dos céticos. Apresento quatro ou cinco casos; tenho mais cinquenta.<br />Assim, por exemplo, eu me comovia muito com o eloquente ataque contra o cristianismo pelo seu pessimismo desumano; pois eu pensava (e ainda penso) que o pessimismo sincero é o pecado que não tem perdão. Um pessimismo insincero é um refinamento social, mais agradável que desagradável; e felizmente quase todo pessimismo é insincero.<br />Mas se o cristianismo era, como essas pessoas diziam, algo puramente pessimista que se opunha à vida, então eu estava perfeitamente preparado para explodir a Catedral de São Paulo em Londres. O fato, porém, extraordinário era o seguinte: Eles me provavam no Capítulo 1, para minha plena satisfação, que o cristianismo era demasiado pessimista; e depois, no Capítulo 2, começavam a me provar que ele era, em grande parte, otimista demais. Uma acusação contra o cristianismo dizia que ele, com suas mórbidas lágrimas e terrores, impedia que os homens buscassem a alegria e a liberdade no seio da natureza. Mas outra acusação era que ele confortava os homens com uma providência fictícia, e os situava num mundo cor-de-rosa e branco.<br />Um grande agnóstico perguntava por que a natureza não era suficientemente bonita, e por que era difícil ser livre. Outro grande agnóstico objetava que o otimismo cristão, "o manto do faz-de-conta tecido por mãos piedosas", escondia de nós o fato de que a natureza era feia, e era impossível ela ser livre. Um racionalista mal terminara de chamar o cristianismo de pesadelo, e outro já começava a chamá-lo de falso paraíso.<br />Isso me intrigava; as acusações pareciam inconsistentes. O cristianismo não podia ser, ao mesmo tempo, a máscara negra de um mundo branco, e também a máscara branca de um mundo negro. A condição do cristão no mundo não podia ser, ao mesmo tempo, tão confortável que era uma covardia agarrar-se a ela, e tão desconfortável que era uma loucura suportá-la. Se o cristianismo falsificava a visão humana, devia falsificá-la de um jeito ou de outro; ele não podia usar óculos que eram verdes e também cor-de-rosa. Eu saboreei com alegria enorme, como fizeram todos os jovens daquela época, os sarcásticos insultos desferidos por Swinburne contra a insipidez do credo...<br /><br /><br />Tu conquistaste, ó pálido Galileu; o mundo com teu hálito assumiu a cor cinza. <br /><br />Mas quando eu li as explicações do paganismo dadas pelo mesmo poeta (como, por exemplo, em "Atalanta"), concluí que, possivelmente, antes de o Galileu respirar sobre ele, o mundo era ainda mais cinza. De fato, o poeta defendia, em abstrato, que a vida em si era negra como o breu. E, mesmo assim, o cristianismo de algum modo a obscurecera. O mesmo homem que acusava o cristianismo de pessimismo era ele também um pessimista. Achei que devia haver algo de errado nisso. E por um louco instante passou-me pela cabeça que os melhores juízes para julgar a relação da religião com a felicidade talvez não fossem aqueles que, segundo seus próprios relatos, não tinham nem uma coisa nem outra.<br />(Chesterton; Ortodoxia)WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-46811778215369635142011-03-29T08:30:00.000-07:002011-03-29T10:36:00.303-07:00O "Nada" SagradoEm apois aos neo ateus. <br>Os adoradores do "nada" sagrado seguirão em procissão pela ruas da cidade carregando, "nada", todos os seguidores de coisa nenhuma estão convocados, após a procisão haverá um ato de desagravo pela ofensas que "nada" tem recebido. <br><br>As leis do país protegem qualquer deus, mas deixam "nada" de lado, eles se esquecem que antes de qualquer deus, nada existia. Todos os homens que tem sua dignidade, sua honradez, seu carater baseados em nada devem estar vigilantes para que nada fique em pé em nossa sociedade. <br><br>Tem havido nos meio de comunicação muita confusão e muitas vezes dizem que nada é coisa nenhuma, mas é preciso afirmar a anterioridade de nada, e basta fechar os olhos para poder afirmar que nada existe. Para aqueles que afirmam que não acreditamos em nada, deixamos bem claro que acreditamos sim. Nada prevalecerá. <br>E finalmente, que fique bem claro que em nossa pregação nada merece respeito.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-651522758041831062011-03-28T17:28:00.000-07:002011-03-28T18:17:15.080-07:00Bule VoadorA elaboração feita por Russel sobre um bule voador é muito interessante, mas convenhamos que se um "Bule Voador" pudesse ser tão ativo no coração da humanidade, e se Russel mentiu, eu mesmo daria um jeito de colocar em órbita, um jogo de jantar completo.<br /><br /><blockquote>"Muitos indivíduos ortodoxos dão a entender que é papel dos céticos refutar os dogmas apresentados – em vez dos dogmáticos terem de prová-los. Essa ideia, obviamente, é um erro. De minha parte, poderia sugerir que entre a Terra e Marte há um Bule de Chá de porcelana girando em torno do Sol em uma órbita elíptica, e ninguém seria capaz de refutar minha asserção, tendo em vista que teria o cuidado de acrescentar que o Bule de Chá é pequeno demais para ser observado mesmo pelos nossos telescópios mais poderosos. Mas se afirmasse que, devido à minha asserção não poder ser refutada, seria uma presunção intolerável da razão humana duvidar dela, com razão pensariam que estou falando uma tolice. Entretanto, se a existência de tal Bule de Chá fosse afirmada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todo domingo e instilada nas mentes das crianças na escola, a hesitação de crer em sua existência seria sinal de excentricidade e levaria o cético às atenções de um psiquiatra, numa época esclarecida, ou às atenções de um inquisidor, numa época passada." (Russel)<br /></blockquote><br /><br /><br />O "Bule Voador" realmente existe!<br /><br />Ele foi crido por índios americanos que deram a ele nomes e varias personalidades, dedicaram cultos e acreditaram nele. Ninguém precisou dizer que havia colocador o "Bule" em qualquer órbita. Acreditando que os sofrimentos da vida fossem causados pelo temperamento instável do "Bule Voador", extremaram-se até em sacrifícios, podemos julgá-los errados ou podemos dizer que acreditaram no "bule Voador" errado, mas não podemos dizer que não viveram com a certeza de sua existência.<br /><br />Os pagãos abundaram em "Bules Voadores", e de muitas formas o cultuaram, seus ritos muitas vezes incompreensíveis aos não iniciados, carregavam definições milenares de contatos com estes "Bules Voadores", que tanta influência em suas vidas exercia.<br /><br />Os Gregos, até destinavam um lugar sagrado aos seus "Bules Voadores", talvez fizesse parte de sua crença que um dia, cansado de orbitar corpos celestes, o "Bule Voador" sentaria no olimpo.<br /><br />Os habitantes da ilha da páscoa, os aborígenes da Oceania, os caldeus na Mesopotâmia, os Egípcios seguindo o rio Nilo, todos podem não ter visto o "Bule Voador" mas jamais duvidaram de sua existência, os povos nórdicos tinham até "Bule Voador" com martelo.<br /><br />E os Judeus? Sempre acreditaram que seu "Bule Voador", voava por eles e assim viveram e vivem a milhares de anos, pode ser que todo o contato que diziam ter com seu "Bule Voador" fosse ilusão, desespero e desejo, mas este "Bule Voador" que jamais viram foi sempre sem dúvida determinante na história deste povo e não foi preciso descobrir quem colocou o "Bule Voador" a voar.<br /><br />Eu jamais pedira que russel provasse sua história do "Bule Voador", se sua existência fosse a única explicação plausível, do porquê tantos povos distantes no tempo e no espaço, desejassem chá de um mesmo bule.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-21842539453831749082011-03-17T13:58:00.000-07:002011-03-18T12:14:29.038-07:00Ateus<p>…sou cristão.</p> <p>Os agnósticos, afirmam que Deus não pode ser conhecido pela razão, portanto, seria um Deus tão inútil, que tanto faz existir ou não existir.</p> <p>Alguns ateus cobram dos crentes e de um possível Deus, a falta de interação com o mundo.</p> <p>O sofrimento, conjunto de casos e acasos que afetam o ser humano de forma negativa, é motivador de livros e explicações complicadas e gerador tanto de grupos de ateus quanto de multidões de seitas. </p> <p>O sofrimento injustificado quando intenso, daqueles que nos joga no chão e do qual não vemos saída, nos faz perguntar porquê?… E isto nem importa se cremos que exista algo supernatural, e mesmo não acreditando que tenhamos a quem fazer a pergunta, ainda assim, quando a dor nos impede de continuar, desejamos saber que fizemos de errado, e sofremos… Porquê?…</p> <p>Ouvi falar de pessoas que nunca sofreram, ou que quando isto aconteceu foram até magnânimas, aceitaram o sofrimento tal qual um oriental, dizendo --é assim mesmo que tem que ser, jamais se revoltou contra o céu, por que o céu jamais existiu. Um verdadeiro ateu, creio eu, seria aquele que se estivesse pintando a sua casa e percebendo um tsunami se aproximando, sem condição de fuga, continuaria sua tarefa, nada o faria olhar para o céu e pensar como poderia ser diferente. É uma forma de vida estranha, mas é uma forma de vida.</p> <p>Mas é interessante que os ateus com quem já conversei, não são pessoas resignadas com o destino, são combativas, quase sempre são ateus, não por preferirem que Deus não exista, mas por não aceitarem um Deus que acreditam omisso.</p> <p>Para os Cristãos, disse Cristo, pedi e será dado… mas a única coisa que se pode pedir é a fé, o mais estranho seria qualquer não crente pedindo a fé, tão estranho quanto um crente pedindo fé, esta dificuldade é tão clara que nas bem aventuranças (Bíblia), Cristo relaciona, não pessoas, mas condições humanas que levam uma pessoa a pedir a fé: felizes os pobres de espirito; felizes os que choram; felizes os perseguidos; e outros.</p> <p>Se eu creio em Deus, se eu aceito que a razão humana não tem como conhecer Deus, a iniciativa de tornar-se conhecido tem que ser dEle. A fé não paga minhas contas, não aumenta a nota na escola, não me faz mais bonito, mas permite que mesmo que meus defeitos e sofrimentos ainda existam, que eles não sejam impecílhos para minha felicidade.</p> <p>Os homens de fé, conhecidos com santos, foram pessoas felizes por que em algum momento de sua vida aceitaram a fé, eles não foram felizes porque sua fé os levou a procurar uma morte muitas vezes prematura e horrível, mas a fé os tornou felizes, e para não abdicar de sua fé não fugiram, mesmo de uma morte prematura e horrível.<br />Um homem de fé não procura a morte, mas não a considera tão importante assim.</p><p>Eu acredito que Deus exista…</p> <p>Os ateus dizem ter certeza que Ele não existe, mas eles querem saber, porque Ele deixa estas desgraças acontecerem…</p> <p>Se Ele não existe, é preciso que seja feita alguma coisa para minorar o sofrimento de pessoas sofredoras em volta do mundo… porquê?</p> <p>Precisamos ser submissos a algum código de ética determinado por não sei quem?</p> <p>Que motivo elevado nos faria aceitar sacrifícios próprios em benefício de quem jamais obteremos retorno?</p> <p>Se não fizermos nada para ajudar quem quer que seja, isto significaria algum demérito? frente a que?</p> <p>Se sabemos que tudo acontece como tem que acontecer, que o acaso deverá conduzir e/ou destruir toda a vida, que justificativa nós poderíamos ter para interferir com a sina de quem quer que seja e com isto prejudicar nossa própria sina? Sacrificar-me por nada??????</p> <p>O sofrimento como vemos, não garante a ausência de Deus no mundo, mas a nossa passividade, garante a falta de Deus em Nós.</p>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-42611692444297492582011-03-09T19:18:00.000-08:002011-03-09T19:19:52.181-08:00Monotonia<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--> <p class="Texto">Excerto de Ortodoxia de G.K.Chesterton<br /></p><p class="Texto"><br /></p><p class="Texto">Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotonia. E possível que Deus todas as manhãs diga ao sol: "Vamos de novo"; e todas as noites à lua: "Vamos de novo". Talvez não seja uma necessidade automática que torna todas as margaridas iguais; pode ser que Deus crie todas as margaridas separadamente, mas nunca se canse de criá-las. Pode ser que ele tenha um eterno apetite de criança; pois nós pecamos e ficamos velhos, e nosso Pai é mais jovem do que nós. A repetição na natureza pode não ser mera recorrência; pode ser um <span style="font-variant: small-caps;">bis </span>teatral. O céu talvez peça bis ao passarinho que botou um ovo.</p> <p class="Texto"><span style="">Se o ser humano concebe e dá à luz uma criança e não um peixe, ou morcego, ou grifo, a razão talvez não seja o fato de estarmos presos num destino animal sem vida ou propósito. Pode ser que nossa pequena tragédia tenha emocionado os deuses; pode ser que eles a apreciem de seus camarotes estrelados; pode ser que no fim de cada drama humano o homem seja chamado repetidas vezes a voltar ao palco. A repetição pode continuar por milhões de anos, por mera escolha, e a qualquer instante pode parar. O homem pode permanecer sobre a terra geração após geração, e, no entanto, cada nascimento pode definitivamente ser sua última aparição.</span><span style=""></span></p> <span style="font-size: 11pt; font-family: "Bookman Old Style";">Essa foi minha primeira convicção; criada pelo choque de minhas emoções infantis com o credo moderno, sendo eu já veterano. Vagamente eu sempre sentira que os fatos eram milagres no sentido de que eram maravilhosos: agora começava a considerá-los milagres no sentido mais estrito de que eram <span style="font-variant: small-caps;">voluntários. </span>Quero dizer que eram, ou poderiam ser, exercícios repetidos de alguma vontade. Em resumo, eu sempre acreditara que o mundo envolvia uma mágica: agora achava que talvez ele envolvesse um mágico. E isso apontava para uma emoção profunda sempre presente e subconsciente; de que este nosso mundo tem algum propósito; e se há um propósito, há uma pessoa. Eu sempre sentira a vida primeiro como uma história; e se há uma história há um contador da história.</span>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-43400036369118287022011-03-09T11:45:00.000-08:002011-03-09T13:48:03.927-08:00Felicidade<blockquote>"Nós podemos usufruir de todos os prazeres, mas nem todos nos convém."</blockquote>Eu posso buscar o prazer, e isto me trará alegria, euforia e sedação.<br /><br />As pesquisas científicas, já definem quais são as substâncias que o corpo gera responsáveis pelas sensações de prazer, euforia, sedação e tantos outras tantas, breve poderemos comer uma ração humana sem nenhum sabor, que a agradável sensação esperada de um prato delicioso será injetado de uma forma automática em nosso organismo. Teremos resolvido o problema dos gulosos. Da mesma forma todos a luxuria será muito mais luxuriante, talvez quem sabe. até extenuar ou até a morte do promíscuo, dependendo apenas da dose adquirida de prazer. Esta substâncias não poderiam ser proibidas por serem naturais e geradas pelo corpo, embora tivessem o mesmo trágico desfecho das drogas atuais.<br /><br />Quando chega o carnaval, você vai ao clube, ao bloco ou aonde for, encontrar uma sensação, uma alegria de ver pessoas alegres, é como se, se ele estiver alegre eu estarei alegre se eu estiver alegre, ele estará alegre, nos dois fingimos, alegria garantida. Somando a isto uma garantia de ser destaque, nem que seja só na minha cabeça, onde todos são destaques, onde cada um olha apenas para si, crendo que todos olham para mim. Tantas pessoas lindas por perto... As pessoas feias continuam feias, apenas as exigências ficam rebaixadas.<br /><br />Com o controle sobre as substâncias que definem o prazer em nosso corpo, quando teremos o controle sobre algo que determine a <span style="font-style: italic;">felicidade</span> em nossa vida?<br /><blockquote>Porque fomos feitos para felicidade, e qualquer um que seja totalmente feliz tem o direito de dizer para si mesmo: "Estou fazendo a vontade de Deus na terra."<br />(Dostoievski)</blockquote><blockquote>"Eu vim para que todos tenham <span style="font-style: italic;">felicidade</span> e a tenham em abundância."</blockquote>A grande infelicidade é não saber o que Deus quer de nós.<br /><br /><br />Os santos não foram santos, porque procuraram uma morte horrível e prematura, mas foram santos por terem uma vida repleta de felicidade e dela não abrirem mão até a morte.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-34443149697485274542011-03-05T19:53:00.000-08:002011-03-06T04:51:48.036-08:00Relativismo relativoQuando uma pessoa afirma de forma categorica que não existe verdade absoluta, quase sempre está querendo afirmar que desconhece uma verdade que possa considerar absoluta, isto é apenas um atestado de ignorância que possivelmente todos poderiamos assinar.<br /><br />A semelhança entre um relativista e um católico é que ambos concordam que nesta nossa existência é muito difícil que algo possa ser considerado absoluto, e que as poucas coisa que podem ser consideradas, são abstratas, a diferença é que apenas o católico valoriza a sua vida considerando a existência real de verdade absoluta.<br /><br />Um dos ensinamentos da Bíblia é que não devemos nos apegar a nada material, porque tudo o que se pode acumular de valores materiais nesta vida, nada valerão na vida futura, é a maior lição de relativismo que se poderia encontrar. Quando este conhecimento é aceito, cria-se um vácuo de valor, que se não é preenchido, derruba toda a base de sanidade de nossa caminhada.<br /><br />" Eu sou o caminho, a verdade, a vida". É a salvação de nossa saúde mental.<br /><br />Quando achamos um ateu que não acredita na Verdade, encontramos um sofredor coerente, quando encontramos quem se diz católico que não acredita na Verdade, encontramos um doente.<br /><br />Crer que a Verdade absoluta tem que existir é muito fácil, porque crer, ter fé, ultrapassa o meu livre arbítrio no sentido em que após eu bater na porta dívina súplicando a fé, mesmo que eu me comporte como um ateu, não terei mais a liberdade de apagar a fé como se jamais a tivesse conhecido.<br />A fé, gratuitamente, nós recebemos de Deus quando a pedimos, é a única coisa que precisamos pedir, e somente a pedimos e recebemos, quando aceitamos que não podemos compreender nossa exitência sem a existência de Deus.<br /><br />Atualmente, há que acredite que as leis da ciência estão tão avançadas, que eliminam a necessidade de Deus e ainda nem sabemos como e quem determinou estas leis, tão bem obedecidas.<br /><br />Qualquer pessoa pode pedir a fé, com seu coração aberto e com certeza a receberá, é evidente que os pobres, os mansos, os injustiçados, os que choram, os misericordiosos, estão mais propensos a bater à porta.<br /><br />Para ter fé basta ser simples, mas para ser ateu é preciso ser sofisticado.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-56789536929217453942011-03-04T12:29:00.000-08:002011-03-06T04:54:44.266-08:00Sobre a razão no livro dos espiritos<span style="font-size:100%;"><blockquote>Há algum tempo, uma amiga católica, influenciada no ambiente de trabalho, passou a achar a doutrina espirita, mas conveniente de ser seguida, era , segundo ela mais baseada na razão, então apenas para que ela avaliasse, li o "Livro dos espíritos" de Allan Cardec e recortei as frases onde a palavra razão tinha o significado de juízo, talvez muitos prefiram ler no livro para contornar possíveis alterações de contexto, mas para a necessidade daquele momento foi suficiente.</blockquote><br /><br />" O uso da razão no livro dos espíritos".<br /><br /></span><ul><li style="FONT-WEIGHT: bold"><span style="font-size:100%;">O homem que considera que o seu saber é infalível está bem perto do erro. Mesmo os que defendem as mais falsas ideias apoiam-se sempre na sua razão...<br /><br /></span></li><li style="FONT-WEIGHT: bold"><span style="font-size:100%;">...aí encontrará a solução de mais de um mistério que sua razão procura inutilmente penetrar.<br /><br /></span></li><li><span style="FONT-WEIGHT: bold;font-size:100%;" >Espiritismo é o antagonista mais terrível do materialismo! ... ..., eles se defendem com o manto da razão e da ciência,</span><br /></li></ul><span style="font-size:100%;"><br /></span><br /><ol><li>A razão nos diz que entre o homem e Deus deve haver outros escalões...<br /><br /></li><li>A razão diz que um efeito inteligente deve ter como causa uma força inteligente, e os fatos provaram que essa força pode entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais...<br /><br /></li><li>Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.<br /><br /></li><li>A razão vos diz, de fato, que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo,O que se pode opor a esse raciocínio?<br /><br /></li><li>– A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer o absurdo disso.<br /><br /></li><li>Entretanto, há uma coisa que a vossa razão deve deduzir<br /><br /></li><li>...e, entretanto, a própria razão diz que não pode ser de outro modo.<br /><br /></li><li>A razão, apoiada na ciência, reconheceu a...<br /><br /></li><li>A religião nos ensina que não pode ser assim, e a razão o confirma.<br /><br /></li><li>A razão não vos diz que seria injusto privar, para sempre, da felicidade eterna todos aqueles cujo aprimoramento não dependeu deles mesmos?<br /><br /></li><li>A razão nos demonstra essa doutrina e os Espíritos a ensinam.<br /><br /></li><li>Coloquemo-nos, momentaneamente, num terreno neutro, admitindo o mesmo grau de probabilidade para uma e outra hipótese, isto é, a pluralidade e a unicidade das existências corporais. Vejamos para qual lado nos guiará o nosso interesse e a razão.<br /><br /></li><li>Da mesma forma, nós a teríamos rejeitado, mesmo que tivesse vindo dos Espíritos, se nos parecesse contrária à razão,<br /><br /></li><li>...cabe a nós julgar friamente e pesar suas revelações na balança da razão.<br /><br /></li><li>As leis divinas são as mesmas para todos os mundos?<br />– A razão diz que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos seres que os habitam.<br /><br /></li><li>O ensinamento dos Espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém possa alegar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com a razão.<br /><br /></li><li>Tudo é relativo e cabe à razão distinguir cada coisa.<br /><br /></li><li>A ideia do nada tem algo contrário à razão.<br /><br /></li><li>Interrogai o bom senso, a razão, e perguntai-vos se uma condenação perpétua por causa de alguns momentos de erro não seria a negação da bondade de Deus.<br /><br /></li><li>A razão humana é limitada, é bem verdade, mas mesmo assim é um presente de Deus. Assim, com a ajuda da razão, não existe uma única pessoa de boa-fé que não seja capaz de compreender a natureza relativa da noção de castigos eternos!<br /><br /></li><li>Mas se esses castigos são apresentados de maneira que a razão se recuse a acreditar neles, não terão nenhuma influência.<br /><br /></li><li>Não exige uma crença cega, quer que se saiba por que se crê; ao se apoiar na razão, será sempre mais forte do que aqueles que se apoiam no nada.<br /><br /></li><li>A razão deve ser o supremo argumento e a moderação assegurará melhor o triunfo da verdade do que as críticas envenenadas pela inveja e pelo ciúme.</li></ol>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-76685455530125021052011-03-04T03:52:00.001-08:002011-03-04T03:52:51.986-08:00Filosofia para a sala de aulaG. K. Chesterton<br /><br /><br /><br />O que o homem moderno precisa aprender é simplesmente que todo argumento tem em sua base uma suposição; isto é, algo de que não se duvida. É claro que você pode, se quiser, duvidar da suposição que está na base de seu argumento, mas nesse caso estará começando um argumento diferente com uma outra suposição em sua base. Todo argumento começa com um dogma infalível, e esse dogma infalível só pode ser discutido se recorrermos a algum outro dogma infalível; você jamais poderá provar seu primeiro enunciando, ou então ele não será o primeiro. Isto é o bê-á-bá do pensamento. Que tem um ponto especial e positivo: pode ser ensinado na escola, como o outro bê-á-bá. Não começar uma argumentação sem antes declarar seus postulados é algo que pode ser ensinado em filosofia como é ensinado em Euclides, numa sala de aula comum com um quadro-negro. E penso que deveria ser ensinado de maneira simples e racional mesmo para os jovens, antes de saírem para as ruas e serem entregues à lógica e à filosofia dos meios de comunicação.<br />Muito da nossa confusão sobre religião e das nossas dúvidas advém disto: nossos céticos modernos sempre começam afirmando aquilo em que não acreditam. Mas mesmo de um cético queremos saber primeiro em que ele acredita. Antes de discutir, precisamos saber o que é que não se discute. E essa confusão aumenta infinitamente pelo fato de que todos os céticos do nosso tempo são céticos em diferentes graus da dissolução que é o ceticismo.<br />Agora, você e eu temos, espero, esta vantagem sobre todos esses hábeis novos filósofos: não estamos malucos. Todos nós acreditamos na Catedral de São Paulo; muitos de nós acreditam em São Paulo. Deixem-nos afirmar claramente este fato, que acreditamos em um grande número de coisas que fazem parte de nossa existência, e que não podemos demonstrar. E por ora deixemos a religião fora de questão. Afirmo que todos os homens sãos acreditam firme e invariavelmente em um certo número de coisas não demonstradas nem demonstráveis. Permitam-me apontá-las resumidamente:<br /><br />1ª. Todo homem são acredita que o mundo ao seu redor e as pessoas que nele estão são reais, e não uma ilusão sua, ou um sonho. Nenhum homem começa a incendiar Londres na crença de que seu criado logo o acordará para o café da manhã. Mas o fato de que eu, em qualquer momento dado, não estou em um sonho não está demonstrado nem é demonstrável. O fato de que existe alguma coisa exceto eu mesmo não está demonstrado nem é demonstrável.<br />2ª. Todos os homens sãos acreditam não somente que este mundo existe, mas que ele é importante. Todo homem acredita que há em nós uma espécie de obrigação de nos interessarmos por essa visão ou panorama da vida. O homem são consideraria errado o homem que dissesse: "Eu não escolhi esta farsa e ela me aborrece. Sei que uma velha senhora está sendo assassinada no andar de baixo, mas estou indo dormir." Que exista alguma obrigação de melhorar as coisas que não foram feitas por nós não está demonstrado nem é demonstrável.<br />3ª. Todos os homens sãos acreditam que há algo que chamamos eu, ou ego, que é contínuo. Não há um centímetro de matéria em meu cérebro que permaneça a mesma de dez anos atrás. Mas se eu salvei um homem em uma batalha há dez anos atrás, sinto-me orgulhoso; se fugi, sinto-me envergonhado. Que haja algo como esse "eu" que permanece não está demonstrado nem é demonstrável. E isto é mais do que não demonstrado ou demonstrável; é matéria de discussão entre muitos metafísicos.<br />4ª. Por fim, a maioria dos homens sãos acredita, e todos os homens sãos na prática assumem-no, que eles têm poder de escolha sobre suas ações, e que são responsáveis por elas.<br /><br />Seguramente é possível estabelecer alguns enunciados simples, modestos como os acima, para fazer com que as pessoas saibam em que apoiar-se. E se o jovem do futuro não deverá (no momento) ser instruído em nenhuma religião, poderá ser ao menos ensinado, clara e firmemente, sobre três ou quatro sanidades e certezas do pensamento humano livre.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-68167130680778894052011-01-25T05:24:00.000-08:002011-01-25T06:22:13.210-08:00Inversão de ValoresComo é possível fazer que uma senhora casada, quando perguntada se um marido deve respeitar e ficar com sua esposa ou sair com a vagabunda da sua amante, ela sem pestanejar diga que o correto é o marido sair com a vadia??<br /><br />Imagime uma forma de fazer com que um pai que tenha filhos e filhas normais, e até seja um pouco homofóbico, ache melhor que crianças sejam educadas por pessoas abertamente homossexuais e frontalmente contra sua própria fé??<br /><br />Como fazer que pessoas normais, com vivência religiosa, defensoras intransigentes da vida, de uma hora para outra, ache conveniente para o bem da saúde pública, que crianças sejam assassinadas, e que esta morte seja televisionada, e pior, passem a defender o crime como se jamais tivessem acreditado na vida??<br /><br />E mais, mesmo que pareça impossível, como fazer uma mulher, que quando criança, sonhava com o principe encantado que matando o dragão viesse salva-la da solidão, venha agora a processar o príncipe por causa da perda irreparável do dragão!!<br /><br />Para obter todas estas soluções pós modernas?? Midia bem usada!<br /><br />Todos os dias vemos em filmes e novelas, amantes bem vestidas, educadas bondosas se contrapondo a mães de família mal arrumadas e mal humoradas, vemos ainda professores mal remunerados, despreparados e até grosseiros e sendo comparados com meninos alegres, sorridentes, prestativos e interessados.<br />Ainda encontramos, problemas de vida de meninas que tiveram seus direitos desrespeitados, com uma gravidez não planejada e com sua vida comprometida por um feto, de quem ninguém vê o sofrimento.<br /><br />Quando uma vida inicia no ventre materno, e toda uma existência já está definida, a Igreja diz; ame, a televisão diz; mate.<br /><br />Quando há um problema no relacionamento a religião diz corrija-se, a televisão diz busque alguém que o entenda.<br /><br />Quando o relacionamento familiar, pessoal, e afetivo estiver sempre entrando em becos e você não vê como tormar sua vida interessante, a Igreja diz; busque Deus, a televisão te mostra pessoas alegres, justamente porque Deus não lhes impõe regras.<br /><br />Não importa quanto o demônio faça para tentá-lo, a única arma que ele tem é a mentira, acreditar nela é uma escolha de cada um, e não importa quanto pareça ser o pecado mais doce que a fé, o custo nunca é possível de pagar.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-43843646864204314452011-01-18T14:12:00.000-08:002011-01-19T11:08:49.519-08:00Cozinhando o SapoCriou-se um conceito, amplamente aceito, de que todos devemos lutar pela liberdade de expressão, tão aceito, que atrever-se a pensar em dizer algo contra, só por si, me deixa constrangido.<br /><br />Todos os meios de comunicação alardeiam perversões que podem ocorrer dentro da Igreja, isto embora pareça ruim, não o é, é preciso que os erros sejam mostrados e corrigidos, e quando alguém se espanta de que certos erros ocorram dentro da Igreja é apenas sintoma de que estes erros não são esperados de quem se espera santidade, e isto choca, mas é corrigível.<br /><br />Agora quando estes mesmos meios de comunicação, não atacam a Igreja, mas atacam os seus ensinamentos, taxando-os como ultrapassados, e incentivando seu espectadores a terem vergonha de serem conhecidos como cristãos, quando os meios de comunicação mostram a mulher como objeto de uso coletivo e confere a isto uma qualidade boa, e mostra mulheres completamente sem caráter como modelo de pessoa, <span style="font-weight: bold;">diria que estamos amornando a água da panela.</span><br /><p style="font-style: italic;" class="western" align="LEFT"><span style="font-size:85%;"><blockquote>"A Igreja Cristã tem ensinado como um ideal de castidade: que a castidade é simplesmente a virtude cujo tema é sexo, assim como a coragem é a virtude, cujo tema é o perigo e dificuldade." (E.Anscombe) </blockquote></span> </p> Na sociedade atual é impossível falar de castidade, os jovens já foram adestrados a compreender que o sexo não só é livre, mas é a única coisa que eles podem livremente usar para participar de tribos urbanas. Um jovem casto é considerado animal em extinção (se ainda existir). Pior é que o sentido mais amplo de castidade nem é conhecido, nosso jovens já não querem ser "Templo do Espirito santo", nem nunca foram ensinados que é uma perda irreparável. Os jovens acreditam na 'moral' ensinada em programas de televisão, e sua moral vale menos que 25 centavos.<br /><br />Quando vemos as grandes redes de televisão, rechear seus programas com pessoas sem dignidade as quais receberem prêmio pelo seu comportamento "progressista", mais ainda as apresentadoras de televisão são pessoas que trocam mais de macho que de calcinha, (chamam de marido). <span style="font-weight: bold;">Agora podemos dizer que a água da panela está tépida.</span><br /><br />Quando alguém quer dizer que todas as religiões são porcaria e só atrapalham a vida das pessoas, esta pessoa diz "--Todas as religiões são boas." Os primeiros católicos não foram perseguidos pelos romanos, porque os romanos eram intolerantes, os católicos foram perseguidos e assassinados pelos romanos, porque os católicos eram intolerantes com os deuses dos romanos.<br /><br /><blockquote><span style="font-size:85%;">"O cristianismo estava em desacordo com o mundo pagão, não só sobre o infanticídio fornicação e idolatria, mas também sobre o casamento. Os cristãos foram ensinados que o marido e a mulher tinham direitos iguais na corpos um do outro, uma mulher é ofendida</span><span style="font-size:85%;"><em> pelo</em></span><span style="font-size:85%;"> adultério do marido dela, assim como um marido por sua esposa."(E.Anscombe) </span></blockquote> <span style="font-style: italic;"></span> <div style="text-align: left;">A volta do paganismo<span style="font-style: italic;">, é uma volta de uma não religião, é a supremacia da ignorância sobre a liberdade. Deseja-se a liberdade que nunca existiu, é o retorno do que já morreu, e acredito infelizmente que as pessoas que proclamam o neo paganismo são pessoas de boa intenção, burrinhas, mas de boa intenção. </span><span style="font-style: italic;">Toda a pregação, de liberalização esbarra no meu próximo, ( para o 'filosofo' Kant era o outro).</span><br /><span style="font-style: italic;"><br /></span>O filósofo grego Sócrates foi condenado à morte pelo estado ateniense, sua acusação era de corromper os jovens, de não prestar culto à deusa da cidade. Hoje em dia, considera-se "corromper aos jovens", ensinar a ser não politicamente correto, ser intolerante com o erro, quem disser que uma vida normal e sadia é coisa boa, corre o risco de ser perseguido ideologicamente. A deusa da cidade é uma religião que tudo aceita, como correto, é sem pé nem cabeça. E no caso de Sócrates, ele foi o intolerante, se ele tivesse dito que seus ensinamento não eram assim tão corretos, bastava para não ter que tomar cicuta, mas de forma intolerante afirmou que sem a verdade a vida não teria sentido.<br /><blockquote>The Supreme Court’s June 26, 2003 decision in Lawrence<br />v. Texas effectively denied the existence of God’s Eternal<br />Law and natural law, and established its own atheistic and<br />anarchic “morality.”</blockquote>Quem dorme tranquilo, acreditando que o estado, que ajuda a manter, cuidará para que a paz seja assegurada e não vigia, este não verá que o estado também dorme e de forma maliciosa não avisa que a inundação está vindo destruir sua casa, sua dignidade, sua fé na vida.<br />Quando os poderes estabelecidos, juntam-se para determinar o fim da moral, da família e do cristianismo, e as pessoas de bem de forma adormecida não percebem o mau chegando a suas portas, <span style="font-weight: bold;">então agora podemos dizer que a água ferveu, e temos um sapo ao molho.*</span><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(95, 73, 122);"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ></span></span><blockquote><span style="font-style: italic; color: rgb(95, 73, 122);font-size:85%;" ><span style="font-family:Arial;">* Estudos biológicos demonstram que um sapo colocado numa panela sobre a chama, com a mesma água da sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que a água aquece. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura e morre quando a água ferve. Inchado e feliz. </span></span><span style="font-size:85%;"><br /></span></blockquote><br /><br /><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><blockquote><span style="font-style: italic;"></span><br /></blockquote>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-80700880519623660332011-01-14T11:35:00.000-08:002011-01-14T13:10:05.425-08:00PecadoTalvez seja melhor discutir "pecado", não utilizando a doutrina da Igreja, embora esta seja a forma mais correta, mas pela lógica humana, se a lógica não for contaminada deverá ao fim atingir objetivo semelhante. Quando terminamos de listar os motivos morais/religiosos, que condenam o pecado, não temos mais uma única pessoa interessada em ouvir qualquer argumentação.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mudando o foco, vamos falar de 'Liberdade'!!</span><br /><blockquote><span style="font-style: italic;">Um grande pensador disse que<br />não aceitava uma doutrina se<br />esta o impedia de livremente<br />acorrentar-se.</span></blockquote>Eu sempre admiro uma pessoa que não faz o que eu aconselho, mesmo sabendo todo o mal que isto deverá lhe causar.<br />A palavra chave é "sabendo", toda liberdade implica em consequências, se alguém pula de um avião sem paraquedas, estando no uso de sua razão, é um legitimo e último ato de liberdade.<br /><br />Quando frente a uma mesa repleta com grande quantidade de alimentos, uma pessoa loucamente, tentar colocar em seu estomago o que lá não cabe, neste momento talvez devêssemos verificar o quão livre é esta atitude. Parece estranho mas é comum.<br /><br />Se um homem esconde dinheiro e evitar gastá-lo, por ser apegado apenas ao fato de possuir tal valor, mesmo que isto custe sacrificar pessoas a quem ame, embora seja atitude possível, ainda aqui, seria bom saber se ela pode representar liberdade.<br /><br />Quando uma pessoa, encontra outra, que poderia ser um modelo de sensualidade e beleza, e que para chegar ao ato sexual, com este modelo de sensualidade, pise no sentimento e na sensibilidade de pessoas que ama, as quais por contraditório que seja pretende que continuem a amá-la, de novo teríamos que nos perguntar, foi ainda aqui um ato livre?<br /><br />Punir o pecado, não é punir a liberdade, é sim punir a burrice.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mudando o foco, vamos falar de 'Felicidade'!!</span><br /><blockquote><span style="font-style: italic;"><br />Outro pensador disse que o sofrimento é<br />sofrimento para um santo e para qualquer<br />pessoa, a diferença é que para o santo<br />o sofrimento não impedia a felicidade.</span></blockquote>Felicidade é desapego, mas não é desistência, desejar o mais, é obrigação do ser humano, pois para isto foi criado, é muito mais do que um animal, mas a ausência do mais, não pode ser motivo para perder a felicidade.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mudando o foco, vamos falar de "Tristeza"!!</span><br /><blockquote><span style="font-style: italic;">Mais um disse que, toda tristeza é a perda de um<br />deus, e quase sempre é a perda de um falso deus.<br /></span></blockquote>Se eu fizer da quantidade/qualidade do alimento o meu deus, eu não vou suportar sua perda, minha tristeza será enorme, e me fará acreditar que minha vida não tem valor.<br /><br />Se depositei o meu deus em um cofre e este for roubado, de que adiantará viver, a tristeza tomará conta do meu coração.<br /><br />Se encontro o meu deus, em outra pessoa através do sexo, e se isto me for proibido, melhor seria morrer, a tristeza não me deixaria mais o somo tranquilo.<br /><br />A tristeza é quase sempre idolatria, isto é a substituição de Deus por um deus pequeno, que carregamos dentro de nós em nossa arrogância.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mudando o foco, vamos falar de 'Morte'!!</span><br /><span style="font-style: italic;"></span><blockquote><span style="font-style: italic;">Jamais devemos confundir um suicida com um mártir,<br />este morre por desdém à morte, aquele desdém à vida.</span><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-style: italic;"><blockquote><span style="font-style: italic;"></span></blockquote></span></div><span style="font-style: italic;"></span></blockquote>Jamais encontraremos uma pessoa, que tenha visto a morte e nos diga como ela é, tanto a morte quanto papai noel e o coelhinho da páscoa. Quando somos crianças, nós não entendemos nenhum dos três, mas acreditamos nos três, na medida em que crescemos "evoluímos", deixamos de crer <span style="font-weight: bold;">nos três</span>. O problema é que, se refletirmos sobre a morte, assim que ela ganha um cunho de verdade nossos apegos diluem-se como mentiras.<br />Alguém condenado à morte, entregaria todo o seu dinheiro, todo o seu alimento, e toda a sua virilidade, por mais um dia de vida, e isto não é covardia, é apenas colocar os valores em sua escala real. Passamos a vida, desprezando nosso próprio valor, como filhos de Deus e na hora que somos chamados mostrar a escala de valores que sempre tivemos e mantivemos escondida, veremos que é a mesma escala, que todos o homens trouxeram consigo.WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-37808141622568458812011-01-13T16:30:00.000-08:002011-01-13T17:44:42.400-08:00Religião<blockquote>Quando alguém afirma, que comer é ruim, é fácil de contestar, o que é ruim é comer mal, comer demais, comer coisas erradas, comer pouco, e a afirmação simplória de que comer é ruim, mostra-se sem sentido.<span style="font-style:italic;"></span></blockquote><br /><br />Tenho ouvido, de pessoas que acreditam que Deus existe, portanto não são ateus, acreditam até que Jesus Cristo existiu, que é filho de Deus, e que veio para nos salvar etc etc etc. E Estas mesmas pessoas, afirmam que "religião é ruim".<br /><br />Neste momento, temos que parar de discutir, e descobrir o que é religião, e também o que não deve ser, e isto de forma clara. Três definições são necessárias: religião por definição é uma religação(re ligare) de Deus com o homem; deve ser fruto de uma revelação, seria muita pretensão o ser humano definir Deus e seus desígnios; religião deve proporcionar uma vida melhor(Deus é bom).<br /><br />Agora, atingimos uma gigantesca barreira, que é representada pelo gigantesco número de religiões, incompatíveis entre si. Desta barreira não temos a intenção de passar.<br /><br />Vamos piorar o conceito, e dizer que a ligação Deus <> homem é pessoal, portanto, o número de religiões seria mais correto, quando fosse igual ao número de humanos. Mas, não tivemos todos as tais revelações que permitiriam fundar nossas religiões. A religião pessoal imaginada por mim, conforme as minhas necessidades é apenas arrogância camuflada. Se não tive revelação, preciso usar a revelação de outra pessoa, mesmo que isto tenha sido a milhares de anos. No caso dos cristão é preciso crer no apocalipse que desceu do céu.<br /><blockquote><span style="font-style:italic;"><br />Quando eu era criança, tinha muita vontade, de comer porcarias<br />todo o tempo e isto só melhorava, quando minha mãe medicava-me<br />com vermifugo, as vontades NÃO eram minhas, eu estava<br />sob o controle, de pequenos vermezinhos.</span></blockquote><br />O grande desafio, de qualquer, verdadeira religião, é convencer aos homens que o que eles chama de liberdade é prisão e que os desejos, não controlados e atendidos sempre, não são provas de liberdade. Algumas doutrinas orientais, acreditam que a morte completa dos desejos, seja o mais adequado, mas, que não ser controlado pelos desejos, seja bom, deve estar correto, entretanto perder a liberdade de sentir desejos, seria muito ruim para o homem e indesejável por Deus que os criou. Deus criou os desejos, e eles são bons, o homem apenas os perverteu.<br />Outro problema, é que os homens, mais fortemente espiritualizados, em algum momento acham-se dignos de uma estátua, por terem vencidos todos os pecados.<br /><blockquote><span style="font-style:italic;">Mas apesar de tudo isto:<br /> creia, porque crer é bom e nos faz melhor;<br /> tenha uma religião e se não for perfeita, ajude-a;<br /> sempre aceite conselhos de pessoas felizes;<br /> siga o homem que carrega o mais fraco nas costas;<br /> nunca sofra por não ter feito o que não podia fazer.<br /></span></blockquote>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3820428307694827679.post-55048518947379544502011-01-13T14:34:00.000-08:002011-01-13T15:50:42.839-08:00Casamento, procriação.<blockquote><br /><span style="font-style:italic;">"Mas se a união sexual pode ser deliberada e totalmente <br />divorciada da fertilidade, então poderemos perguntar<br />por que a união sexual deve estar dentro de uma união<br />conjugal? E ainda mais, se a união conjugal não tem <br />como objetivo formar uma família qual o seu sentido?"</span></blockquote><br />A relação sexual é um procedimento que impede que uma criança seja "perpetrada" sem que hajam dois cúmplices, e desta forma fornecemos para a criança um pai e uma mãe para dela cuidarem. O prazer obtido é um subproduto muito bom e que evita ser necessário que o homem fique preso à mulher para garantir a fecundação, como acontece aos cães.<br /><blockquote><span style="font-style:italic;">"pois o fundamento da oposição à prostituição<br />e ao adultério, era que a relação sexual<br />deveria ser um procedimento que normalmente<br />oferece às crianças a um pai e uma mãe para cuidar deles."</span><br />(Elizabeth Anscombe)</blockquote><br />O casamento foi instituído para gerar uma família, uma estrutura definida, com funções determinadas, embora o sexo esteja dentro do casamento, poderíamos dizer que o casamento é uma forma de dar continuidade ao ato, mais do que isto, é o ritual de "por a mesa", é a cerimônia de "sentar-se e sentir-se feliz", limpo. Quem já teve oportunidade de alimentar porcos sabe que o ato de comer para estes animais não tem nenhum ritual, nenhuma cerimônia, joga-se no chão e desta forma, eles comem a fartar-se. O ato sexual, sem o casamento, é como um ato sem ritual e sem cerimônia, algo que deve dar prazer, desde que não se tenha olfato.<br />Nunca poderemos enxergar o sexo, sem considerar o ato físico, fortemente ligado à parte animal do ser humano, mas jamais poderíamos no ater apenas neste aspecto. <blockquote><span style="font-style:italic;">Há uma tendência pós moderna que acredita na liberdade de qualquer ato e que não existe "certo" ou "errado", existe apenas minha opção particular, embora seja convencionalmente chamado de pós moderno, este conceito é mais antigo que o próprio conceito de religião, e obviamente são incompatíveis.</span></blockquote>WRamirohttp://www.blogger.com/profile/12461474085487988963noreply@blogger.com0