sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pecado

Talvez seja melhor discutir "pecado", não utilizando a doutrina da Igreja, embora esta seja a forma mais correta, mas pela lógica humana, se a lógica não for contaminada deverá ao fim atingir objetivo semelhante. Quando terminamos de listar os motivos morais/religiosos, que condenam o pecado, não temos mais uma única pessoa interessada em ouvir qualquer argumentação.

Mudando o foco, vamos falar de 'Liberdade'!!
Um grande pensador disse que
não aceitava uma doutrina se
esta o impedia de livremente
acorrentar-se.
Eu sempre admiro uma pessoa que não faz o que eu aconselho, mesmo sabendo todo o mal que isto deverá lhe causar.
A palavra chave é "sabendo", toda liberdade implica em consequências, se alguém pula de um avião sem paraquedas, estando no uso de sua razão, é um legitimo e último ato de liberdade.

Quando frente a uma mesa repleta com grande quantidade de alimentos, uma pessoa loucamente, tentar colocar em seu estomago o que lá não cabe, neste momento talvez devêssemos verificar o quão livre é esta atitude. Parece estranho mas é comum.

Se um homem esconde dinheiro e evitar gastá-lo, por ser apegado apenas ao fato de possuir tal valor, mesmo que isto custe sacrificar pessoas a quem ame, embora seja atitude possível, ainda aqui, seria bom saber se ela pode representar liberdade.

Quando uma pessoa, encontra outra, que poderia ser um modelo de sensualidade e beleza, e que para chegar ao ato sexual, com este modelo de sensualidade, pise no sentimento e na sensibilidade de pessoas que ama, as quais por contraditório que seja pretende que continuem a amá-la, de novo teríamos que nos perguntar, foi ainda aqui um ato livre?

Punir o pecado, não é punir a liberdade, é sim punir a burrice.

Mudando o foco, vamos falar de 'Felicidade'!!

Outro pensador disse que o sofrimento é
sofrimento para um santo e para qualquer
pessoa, a diferença é que para o santo
o sofrimento não impedia a felicidade.
Felicidade é desapego, mas não é desistência, desejar o mais, é obrigação do ser humano, pois para isto foi criado, é muito mais do que um animal, mas a ausência do mais, não pode ser motivo para perder a felicidade.

Mudando o foco, vamos falar de "Tristeza"!!
Mais um disse que, toda tristeza é a perda de um
deus, e quase sempre é a perda de um falso deus.
Se eu fizer da quantidade/qualidade do alimento o meu deus, eu não vou suportar sua perda, minha tristeza será enorme, e me fará acreditar que minha vida não tem valor.

Se depositei o meu deus em um cofre e este for roubado, de que adiantará viver, a tristeza tomará conta do meu coração.

Se encontro o meu deus, em outra pessoa através do sexo, e se isto me for proibido, melhor seria morrer, a tristeza não me deixaria mais o somo tranquilo.

A tristeza é quase sempre idolatria, isto é a substituição de Deus por um deus pequeno, que carregamos dentro de nós em nossa arrogância.

Mudando o foco, vamos falar de 'Morte'!!
Jamais devemos confundir um suicida com um mártir,
este morre por desdém à morte, aquele desdém à vida.

Jamais encontraremos uma pessoa, que tenha visto a morte e nos diga como ela é, tanto a morte quanto papai noel e o coelhinho da páscoa. Quando somos crianças, nós não entendemos nenhum dos três, mas acreditamos nos três, na medida em que crescemos "evoluímos", deixamos de crer nos três. O problema é que, se refletirmos sobre a morte, assim que ela ganha um cunho de verdade nossos apegos diluem-se como mentiras.
Alguém condenado à morte, entregaria todo o seu dinheiro, todo o seu alimento, e toda a sua virilidade, por mais um dia de vida, e isto não é covardia, é apenas colocar os valores em sua escala real. Passamos a vida, desprezando nosso próprio valor, como filhos de Deus e na hora que somos chamados mostrar a escala de valores que sempre tivemos e mantivemos escondida, veremos que é a mesma escala, que todos o homens trouxeram consigo.

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