quarta-feira, 27 de abril de 2011

Do Meu Deus

Uma frase ateia que pretende afirmar que o homem criou Deus e não Deus criou o homem.
"Se um dia os triângulos tiverem um deus, este terá três lados"

Gosto da frase, a acho simpática. Mas o que estas pessoas não compreendem é que, é de Deus que vem o desejo de conhecê-lo, a necessidade que o homem tem de Deus. é uma necessidade plantada por Deus, ele não fez isto com nenhum outro animal, nem os macacos nem os golfinhos carregam insatisfação por ignorar Deus.

Se um dia Deus plantar nos triângulos o desejo de conhecê-lo, eles o buscarão e então descobrirão que foram criados com três lados, porque seu Deus os amava e os queria como imagem sua.

O Certo e o Errado

1. A LEI DA NATUREZA HUMANA
Todo o mundo já viu pessoas discutindo. Às vezes, a discussão soa engraçada; em outras, apenas desagradável. Como quer que soe, acredito que podemos aprender algo muito importante ouvindo os tipos de coisas que elas dizem. Dizem, por exemplo: "Você gostaria que fizessem o mesmo com você?"; "Desculpe, esse banco é meu, eu sentei aqui primeiro"; "Deixe-o em paz, que ele não lhe está fazendo nada de mal"; "Por que você teve de entrar na frente?"; "Dê-me um pedaço da sua laranja, pois eu lhe dei um pedaço da minha"; e "Poxa, você prometeu!" Essas coisas são ditas todos os dias por pessoas cultas e incultas, por adultos e crianças.

O que me interessa em todos estes comentários é que o homem que os faz não está apenas expressando o quanto lhe desagrada o comportamento de seu interlocutor; está também fazendo apelo a um padrão de comportamento que o outro deveria conhecer. E esse outro raramente responde: "Ao inferno com o padrão!" Quase sempre tenta provar que sua atitude não infringiu este padrão, ou que, se infringiu, ele tinha uma desculpa muito especial para agir assim. Alega uma razão especial, em seu caso particular, para não ceder o lugar à pessoa que ocupou o banco primeiro, ou alega que a situação era muito diferente quando ele ganhou aquele gomo de laranja, ou, ainda, que um fato novo o desobriga de cumprir o prometido. Está claro que os envolvidos na discussão conhecem uma lei ou regra de conduta leal, de comportamento digno ou moral, ou como quer que o queiramos chamar, com a qual efetivamente concordam. E eles conhecem essa lei. Se não conhecessem, talvez lutassem como animais ferozes, mas não poderiam "discutir" no sentido humano desta palavra. A intenção da discussão é mostrar que o outro está errado. Não haveria sentido em demonstrá-lo se você e ele não tivessem algum tipo de consenso sobre o que é certo e o que é errado, da mesma forma que não haveria sentido em marcar a falta de um jogador de futebol sem que houvesse uma concordância prévia sobre as regras do jogo.

Ora, essa lei ou regra do certo e do errado era chamada de Lei Natural. Hoje em dia, quando falamos das "leis naturais", quase sempre nos referimos a coisas como a gravitação, a hereditariedade ou as leis da química. Porém, quando os pensadores do
passado chamavam a lei do certo e do errado de "Lei Natural", estava implícito que se tratava da Lei da Natureza Humana. A ideia era a seguinte: assim como os corpos são regidos pela lei da gravitação, e os organismos, pelas leis da biologia, assim também a criatura chamada "homem" possui uma lei própria - com a grande diferença de
que os corpos não são livres para escolher se vão obedecer à lei da gravitação ou não, ao passo que o homem pode escolher entre obedecer ou desobedecer à Lei da Natureza Humana.

Examinemos a questão sob outro prisma. Todo homem está continuamente sujeito a diversos conjuntos de leis, mas a apenas um ele é livre para desobedecer. Enquanto corpo, ele é regido pela gravitação e não pode desobedecê-la; se ficar suspenso no ar, sem apoio, fatalmente cairá como cairia uma pedra. Enquanto organismo, está sujeito a diversas leis biológicas, às quais, como os animais, não pode desobedecer. Em outras palavras, o homem não pode desobedecer às leis que tem em comum com os outros seres; mas a lei própria da natureza humana, a lei que não é compartilhada nem pelos animais, nem pelos vegetais, nem pelos seres inorgânicos, a esta
lei o ser humano pode desobedecer, se assim quiser. Essa lei era chamada de Lei Natural porque as pessoas pensavam que todos a conheciam naturalmente e não precisavam que outros a ensinassem. Isso, evidentemente, não significava que não se pudesse encontrar, aqui e ali, um indivíduo que a ignorasse, assim como existem
indivíduos daltônicos ou desafinados. Considerando a raça humana em geral, no entanto, as pessoas pensavam que a ideia humana de comportamento digno ou decente era óbvia para todos. E acredito que essas pessoas tinham razão. Se assim não fosse, as coisas que dizemos a respeito da guerra não teriam sentido nenhum. Se o Certo não for uma entidade real, que os nazistas, lá no fundo, conhecem tão bem quanto nós e têm o dever de praticar, qual o sentido de dizer que o inimigo está errado? Se eles não têm nenhuma noção daquilo que chamamos de Certo, talvez tivéssemos de combatê-los do mesmo jeito, mas não poderíamos culpá-los pelas suas ações, da mesma forma que não podemos culpar um homem por ter nascido com os cabelos louros ou castanhos.

Sei que certas pessoas afirmam que a ideia de uma Lei Natural ou lei de dignidade de comportamento, conhecida de todos os homens, não tem fundamento, porque as diversas civilizações e os povos das diversas épocas tiveram doutrinas morais muito diferentes.

Mas isso não é verdade. E certo que existem diferenças entre as doutrinas morais dos diversos povos, mas elas nunca chegaram a constituir algo que se assemelhasse a uma diferença total. Se alguém se der ao trabalho de comparar os ensinamentos morais dos antigos egípcios, dos babilônios, dos hindus, dos chineses, dos gregos e dos romanos, ficará surpreso, isto sim, com o imenso grau de semelhança que eles têm entre si e também com nossos próprios ensinamentos morais. Reuni alguns desses dados concordantes no apêndice que escrevi para um outro livro, chamado The Abolition of Man [A abolição do homem]. Porém, para os fins que agora temos em vista, basta perguntar ao leitor como seria uma moralidade totalmente diferente da que conhecemos.
Imagine um país que admirasse aquele que foge do campo de batalha, ou em que um homem se orgulhasse de trair as pessoas que mais lhe fizeram bem. O leitor poderia igualmente imaginar um país em que dois e dois são cinco. Os povos discordaram a respeito de quem são as pessoas com quem você deve ser altruísta - sua família, seus compatriotas ou todo o género humano; mas sempre concordaram em que você não deve colocar a si mesmo em primeiro lugar. O egoísmo nunca foi admirado. Os homens divergiram quanto ao número de esposas que podiam ter, se uma ou quatro; mas sempre concordaram em que você não pode simplesmente ter qualquer mulher que lhe apetecer.
O mais extraordinário, porém, é que, sempre que encontramos um homem a afirmar que não acredita na existência do certo e do errado, vemos logo em seguida este mesmo homem mudar de opinião. Ele pode não cumprir a palavra que lhe deu, mas, se você fizer a mesma coisa, ele lhe dirá "Não é justo!" antes que você possa dizer "Cristóvão Colombo". Um país pode dizer que os tratados de nada valem; porém, no momento seguinte, porá sua causa a perder afirmando que o tratado específico que pretende romper não é um tratado justo. Se os tratados de nada valem, se não existe um certo e um errado — em outras palavras, se não existe uma Lei Natural -, qual a diferença entre um tratado justo e um injusto? Será que, agindo assim, eles não deixam o rabo à mostra e demonstram que, digam o que disserem, conhecem a Lei Natural tanto quanto qualquer outra pessoa? Parece, portanto, que só nos resta aceitar a existência de um certo e um errado. As pessoas podem volta e meia se enganar a respeito deles, da mesma forma que às vezes erram numa soma; mas a existência de ambos não depende de gostos pessoais ou de opiniões, da mesma forma que um cálculo errado não invalida a tabuada.
(C.S.Lewis- Cristianismo puro e simples)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não tinham nem uma coisa nem outra

Tudo o que eu até então ouvira sobre a teologia cristã me alienara dela. Eu era pagão aos doze anos de idade e um perfeito agnóstico aos dezesseis; e não posso entender ninguém que ultrapasse os dezessete anos sem ter-se feito uma pergunta tão simples. Eu retive, de fato. uma obscura reverência por uma deidade cósmica e um grande interesse histórico pelo Fundador do cristianismo. Mas certamente o via como um homem; embora talvez achasse que, mesmo sob esse aspecto, ele levasse vantagem sobre alguns de seus críticos modernos.
Li a literatura cética e científica do meu tempo — tudo nesse campo, pelo menos tudo o que pude encontrar em língua inglesa ao alcance de minhas mãos; e não li mais nada; quero dizer, mais nada de qualquer outro cunho filosófico. As obras sensacionalistas que também li pertenciam de fato a uma tradição heroica e sadia do cristianismo; mas eu não sabia disso naquele tempo. Nunca li uma linha de apologética cristã. Leio o menos possível disso atualmente.
Foram Huxley, Herbert Spencer e Bradlaugh que me trouxeram de volta à teologia ortodoxa. Eles me semearam na mente as primeiras fortes dúvidas da dúvida. Nossas avós estavam muito certas quando diziam que Tom Paine e os livres-pensadores perturbavam a cabeça. Perturbavam mesmo. Perturbaram a minha de um modo horrível. O racionalista me fez perguntar se a razão tinha alguma utilidade qualquer; e, quando terminei Herbert Spencer, eu já fora tão longe que duvidei (pela primeira vez na vida) se a evolução havia sequer acontecido. Quando depus a última das palestras ateias do Coronel Ingersoll, irrompeu o terrível pensamento: 'Tu quase me persuadiste a ser cristão". Eu o era de um modo desesperado.
Esse estranho efeito dos grandes agnósticos despertando dúvidas mais profundas do que aquelas que eles mesmos alimentavam poderia ser ilustrado de muitas maneiras. Tomo apenas uma. A medida que eu lia e relia todas as explicações não-cristãs ou anticristãs da fé, de Huxley a Bradlaugh, uma lenta e terrível impressão se formava gradativa mas graficamente em minha cabeça — a impressão de que o cristianismo deve ser maximamente extraordinário. Pois ele, no meu modo de entender, não só tinha os vícios mais ardentes, mas aparentemente tinha um talento místico para combinar vícios que pareciam incompatíveis entre si.
O cristianismo era atacado de todos os lados e por todas as razões contraditórias. Mal um racionalista acabara de demonstrar que ele pendia demais para o oriente, outro demonstrava com igual clareza que ele pendia demais para o ocidente. Mal a minha indignação se arrefecera diante de sua configuração quadrada angular e agressiva, minha atenção era novamente chamada para observar e condenar sua irritante natureza redonda e sensual. Caso algum leitor não tenha percebido aquilo de que estou falando, vou dar aleatoriamente os exemplos de que me lembro para ilustrar a contradição interna dos ataques dos céticos. Apresento quatro ou cinco casos; tenho mais cinquenta.
Assim, por exemplo, eu me comovia muito com o eloquente ataque contra o cristianismo pelo seu pessimismo desumano; pois eu pensava (e ainda penso) que o pessimismo sincero é o pecado que não tem perdão. Um pessimismo insincero é um refinamento social, mais agradável que desagradável; e felizmente quase todo pessimismo é insincero.
Mas se o cristianismo era, como essas pessoas diziam, algo puramente pessimista que se opunha à vida, então eu estava perfeitamente preparado para explodir a Catedral de São Paulo em Londres. O fato, porém, extraordinário era o seguinte: Eles me provavam no Capítulo 1, para minha plena satisfação, que o cristianismo era demasiado pessimista; e depois, no Capítulo 2, começavam a me provar que ele era, em grande parte, otimista demais. Uma acusação contra o cristianismo dizia que ele, com suas mórbidas lágrimas e terrores, impedia que os homens buscassem a alegria e a liberdade no seio da natureza. Mas outra acusação era que ele confortava os homens com uma providência fictícia, e os situava num mundo cor-de-rosa e branco.
Um grande agnóstico perguntava por que a natureza não era suficientemente bonita, e por que era difícil ser livre. Outro grande agnóstico objetava que o otimismo cristão, "o manto do faz-de-conta tecido por mãos piedosas", escondia de nós o fato de que a natureza era feia, e era impossível ela ser livre. Um racionalista mal terminara de chamar o cristianismo de pesadelo, e outro já começava a chamá-lo de falso paraíso.
Isso me intrigava; as acusações pareciam inconsistentes. O cristianismo não podia ser, ao mesmo tempo, a máscara negra de um mundo branco, e também a máscara branca de um mundo negro. A condição do cristão no mundo não podia ser, ao mesmo tempo, tão confortável que era uma covardia agarrar-se a ela, e tão desconfortável que era uma loucura suportá-la. Se o cristianismo falsificava a visão humana, devia falsificá-la de um jeito ou de outro; ele não podia usar óculos que eram verdes e também cor-de-rosa. Eu saboreei com alegria enorme, como fizeram todos os jovens daquela época, os sarcásticos insultos desferidos por Swinburne contra a insipidez do credo...


Tu conquistaste, ó pálido Galileu; o mundo com teu hálito assumiu a cor cinza.

Mas quando eu li as explicações do paganismo dadas pelo mesmo poeta (como, por exemplo, em "Atalanta"), concluí que, possivelmente, antes de o Galileu respirar sobre ele, o mundo era ainda mais cinza. De fato, o poeta defendia, em abstrato, que a vida em si era negra como o breu. E, mesmo assim, o cristianismo de algum modo a obscurecera. O mesmo homem que acusava o cristianismo de pessimismo era ele também um pessimista. Achei que devia haver algo de errado nisso. E por um louco instante passou-me pela cabeça que os melhores juízes para julgar a relação da religião com a felicidade talvez não fossem aqueles que, segundo seus próprios relatos, não tinham nem uma coisa nem outra.
(Chesterton; Ortodoxia)

terça-feira, 29 de março de 2011

O "Nada" Sagrado

Em apois aos neo ateus.
Os adoradores do "nada" sagrado seguirão em procissão pela ruas da cidade carregando, "nada", todos os seguidores de coisa nenhuma estão convocados, após a procisão haverá um ato de desagravo pela ofensas que "nada" tem recebido.

As leis do país protegem qualquer deus, mas deixam "nada" de lado, eles se esquecem que antes de qualquer deus, nada existia. Todos os homens que tem sua dignidade, sua honradez, seu carater baseados em nada devem estar vigilantes para que nada fique em pé em nossa sociedade.

Tem havido nos meio de comunicação muita confusão e muitas vezes dizem que nada é coisa nenhuma, mas é preciso afirmar a anterioridade de nada, e basta fechar os olhos para poder afirmar que nada existe. Para aqueles que afirmam que não acreditamos em nada, deixamos bem claro que acreditamos sim. Nada prevalecerá.
E finalmente, que fique bem claro que em nossa pregação nada merece respeito.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bule Voador

A elaboração feita por Russel sobre um bule voador é muito interessante, mas convenhamos que se um "Bule Voador" pudesse ser tão ativo no coração da humanidade, e se Russel mentiu, eu mesmo daria um jeito de colocar em órbita, um jogo de jantar completo.

"Muitos indivíduos ortodoxos dão a entender que é papel dos céticos refutar os dogmas apresentados – em vez dos dogmáticos terem de prová-los. Essa ideia, obviamente, é um erro. De minha parte, poderia sugerir que entre a Terra e Marte há um Bule de Chá de porcelana girando em torno do Sol em uma órbita elíptica, e ninguém seria capaz de refutar minha asserção, tendo em vista que teria o cuidado de acrescentar que o Bule de Chá é pequeno demais para ser observado mesmo pelos nossos telescópios mais poderosos. Mas se afirmasse que, devido à minha asserção não poder ser refutada, seria uma presunção intolerável da razão humana duvidar dela, com razão pensariam que estou falando uma tolice. Entretanto, se a existência de tal Bule de Chá fosse afirmada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todo domingo e instilada nas mentes das crianças na escola, a hesitação de crer em sua existência seria sinal de excentricidade e levaria o cético às atenções de um psiquiatra, numa época esclarecida, ou às atenções de um inquisidor, numa época passada." (Russel)



O "Bule Voador" realmente existe!

Ele foi crido por índios americanos que deram a ele nomes e varias personalidades, dedicaram cultos e acreditaram nele. Ninguém precisou dizer que havia colocador o "Bule" em qualquer órbita. Acreditando que os sofrimentos da vida fossem causados pelo temperamento instável do "Bule Voador", extremaram-se até em sacrifícios, podemos julgá-los errados ou podemos dizer que acreditaram no "bule Voador" errado, mas não podemos dizer que não viveram com a certeza de sua existência.

Os pagãos abundaram em "Bules Voadores", e de muitas formas o cultuaram, seus ritos muitas vezes incompreensíveis aos não iniciados, carregavam definições milenares de contatos com estes "Bules Voadores", que tanta influência em suas vidas exercia.

Os Gregos, até destinavam um lugar sagrado aos seus "Bules Voadores", talvez fizesse parte de sua crença que um dia, cansado de orbitar corpos celestes, o "Bule Voador" sentaria no olimpo.

Os habitantes da ilha da páscoa, os aborígenes da Oceania, os caldeus na Mesopotâmia, os Egípcios seguindo o rio Nilo, todos podem não ter visto o "Bule Voador" mas jamais duvidaram de sua existência, os povos nórdicos tinham até "Bule Voador" com martelo.

E os Judeus? Sempre acreditaram que seu "Bule Voador", voava por eles e assim viveram e vivem a milhares de anos, pode ser que todo o contato que diziam ter com seu "Bule Voador" fosse ilusão, desespero e desejo, mas este "Bule Voador" que jamais viram foi sempre sem dúvida determinante na história deste povo e não foi preciso descobrir quem colocou o "Bule Voador" a voar.

Eu jamais pedira que russel provasse sua história do "Bule Voador", se sua existência fosse a única explicação plausível, do porquê tantos povos distantes no tempo e no espaço, desejassem chá de um mesmo bule.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ateus

…sou cristão.

Os agnósticos, afirmam que Deus não pode ser conhecido pela razão, portanto, seria um Deus tão inútil, que tanto faz existir ou não existir.

Alguns ateus cobram dos crentes e de um possível Deus, a falta de interação com o mundo.

O sofrimento, conjunto de casos e acasos que afetam o ser humano de forma negativa, é motivador de livros e explicações complicadas e gerador tanto de grupos de ateus quanto de multidões de seitas.

O sofrimento injustificado quando intenso, daqueles que nos joga no chão e do qual não vemos saída, nos faz perguntar porquê?… E isto nem importa se cremos que exista algo supernatural, e mesmo não acreditando que tenhamos a quem fazer a pergunta, ainda assim, quando a dor nos impede de continuar, desejamos saber que fizemos de errado, e sofremos… Porquê?…

Ouvi falar de pessoas que nunca sofreram, ou que quando isto aconteceu foram até magnânimas, aceitaram o sofrimento tal qual um oriental, dizendo --é assim mesmo que tem que ser, jamais se revoltou contra o céu, por que o céu jamais existiu. Um verdadeiro ateu, creio eu, seria aquele que se estivesse pintando a sua casa e percebendo um tsunami se aproximando, sem condição de fuga, continuaria sua tarefa, nada o faria olhar para o céu e pensar como poderia ser diferente. É uma forma de vida estranha, mas é uma forma de vida.

Mas é interessante que os ateus com quem já conversei, não são pessoas resignadas com o destino, são combativas, quase sempre são ateus, não por preferirem que Deus não exista, mas por não aceitarem um Deus que acreditam omisso.

Para os Cristãos, disse Cristo, pedi e será dado… mas a única coisa que se pode pedir é a fé, o mais estranho seria qualquer não crente pedindo a fé, tão estranho quanto um crente pedindo fé, esta dificuldade é tão clara que nas bem aventuranças (Bíblia), Cristo relaciona, não pessoas, mas condições humanas que levam uma pessoa a pedir a fé: felizes os pobres de espirito; felizes os que choram; felizes os perseguidos; e outros.

Se eu creio em Deus, se eu aceito que a razão humana não tem como conhecer Deus, a iniciativa de tornar-se conhecido tem que ser dEle. A fé não paga minhas contas, não aumenta a nota na escola, não me faz mais bonito, mas permite que mesmo que meus defeitos e sofrimentos ainda existam, que eles não sejam impecílhos para minha felicidade.

Os homens de fé, conhecidos com santos, foram pessoas felizes por que em algum momento de sua vida aceitaram a fé, eles não foram felizes porque sua fé os levou a procurar uma morte muitas vezes prematura e horrível, mas a fé os tornou felizes, e para não abdicar de sua fé não fugiram, mesmo de uma morte prematura e horrível.
Um homem de fé não procura a morte, mas não a considera tão importante assim.

Eu acredito que Deus exista…

Os ateus dizem ter certeza que Ele não existe, mas eles querem saber, porque Ele deixa estas desgraças acontecerem…

Se Ele não existe, é preciso que seja feita alguma coisa para minorar o sofrimento de pessoas sofredoras em volta do mundo… porquê?

Precisamos ser submissos a algum código de ética determinado por não sei quem?

Que motivo elevado nos faria aceitar sacrifícios próprios em benefício de quem jamais obteremos retorno?

Se não fizermos nada para ajudar quem quer que seja, isto significaria algum demérito? frente a que?

Se sabemos que tudo acontece como tem que acontecer, que o acaso deverá conduzir e/ou destruir toda a vida, que justificativa nós poderíamos ter para interferir com a sina de quem quer que seja e com isto prejudicar nossa própria sina? Sacrificar-me por nada??????

O sofrimento como vemos, não garante a ausência de Deus no mundo, mas a nossa passividade, garante a falta de Deus em Nós.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Monotonia

Excerto de Ortodoxia de G.K.Chesterton


Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotonia. E possível que Deus todas as manhãs diga ao sol: "Vamos de novo"; e todas as noites à lua: "Vamos de novo". Talvez não seja uma necessidade automática que torna todas as margaridas iguais; pode ser que Deus crie todas as margaridas separadamente, mas nunca se canse de criá-las. Pode ser que ele tenha um eterno apetite de criança; pois nós pecamos e ficamos velhos, e nosso Pai é mais jovem do que nós. A repetição na natureza pode não ser mera recorrência; pode ser um bis teatral. O céu talvez peça bis ao passarinho que botou um ovo.

Se o ser humano concebe e dá à luz uma criança e não um peixe, ou morcego, ou grifo, a razão talvez não seja o fato de estarmos presos num destino animal sem vida ou propósito. Pode ser que nossa pequena tragédia tenha emocionado os deuses; pode ser que eles a apreciem de seus camarotes estrelados; pode ser que no fim de cada drama humano o homem seja chamado repetidas vezes a voltar ao palco. A repetição pode continuar por milhões de anos, por mera escolha, e a qualquer instante pode parar. O ho­mem pode permanecer sobre a terra geração após geração, e, no entanto, cada nascimento pode definitivamente ser sua última aparição.

Essa foi minha primeira convicção; criada pelo choque de minhas emoções infantis com o credo moderno, sendo eu já veterano. Vagamente eu sempre sentira que os fatos eram milagres no sentido de que eram maravilhosos: agora começava a considerá-los milagres no sentido mais estrito de que eram voluntários. Quero dizer que eram, ou pode­riam ser, exercícios repetidos de alguma vontade. Em resu­mo, eu sempre acreditara que o mundo envolvia uma mágica: agora achava que talvez ele envolvesse um mági­co. E isso apontava para uma emoção profunda sempre presente e subconsciente; de que este nosso mundo tem algum propósito; e se há um propósito, há uma pessoa. Eu sempre sentira a vida primeiro como uma história; e se há uma história há um contador da história.

Felicidade

"Nós podemos usufruir de todos os prazeres, mas nem todos nos convém."
Eu posso buscar o prazer, e isto me trará alegria, euforia e sedação.

As pesquisas científicas, já definem quais são as substâncias que o corpo gera responsáveis pelas sensações de prazer, euforia, sedação e tantos outras tantas, breve poderemos comer uma ração humana sem nenhum sabor, que a agradável sensação esperada de um prato delicioso será injetado de uma forma automática em nosso organismo. Teremos resolvido o problema dos gulosos. Da mesma forma todos a luxuria será muito mais luxuriante, talvez quem sabe. até extenuar ou até a morte do promíscuo, dependendo apenas da dose adquirida de prazer. Esta substâncias não poderiam ser proibidas por serem naturais e geradas pelo corpo, embora tivessem o mesmo trágico desfecho das drogas atuais.

Quando chega o carnaval, você vai ao clube, ao bloco ou aonde for, encontrar uma sensação, uma alegria de ver pessoas alegres, é como se, se ele estiver alegre eu estarei alegre se eu estiver alegre, ele estará alegre, nos dois fingimos, alegria garantida. Somando a isto uma garantia de ser destaque, nem que seja só na minha cabeça, onde todos são destaques, onde cada um olha apenas para si, crendo que todos olham para mim. Tantas pessoas lindas por perto... As pessoas feias continuam feias, apenas as exigências ficam rebaixadas.

Com o controle sobre as substâncias que definem o prazer em nosso corpo, quando teremos o controle sobre algo que determine a felicidade em nossa vida?
Porque fomos feitos para felicidade, e qualquer um que seja totalmente feliz tem o direito de dizer para si mesmo: "Estou fazendo a vontade de Deus na terra."
(Dostoievski)
"Eu vim para que todos tenham felicidade e a tenham em abundância."
A grande infelicidade é não saber o que Deus quer de nós.


Os santos não foram santos, porque procuraram uma morte horrível e prematura, mas foram santos por terem uma vida repleta de felicidade e dela não abrirem mão até a morte.

sábado, 5 de março de 2011

Relativismo relativo

Quando uma pessoa afirma de forma categorica que não existe verdade absoluta, quase sempre está querendo afirmar que desconhece uma verdade que possa considerar absoluta, isto é apenas um atestado de ignorância que possivelmente todos poderiamos assinar.

A semelhança entre um relativista e um católico é que ambos concordam que nesta nossa existência é muito difícil que algo possa ser considerado absoluto, e que as poucas coisa que podem ser consideradas, são abstratas, a diferença é que apenas o católico valoriza a sua vida considerando a existência real de verdade absoluta.

Um dos ensinamentos da Bíblia é que não devemos nos apegar a nada material, porque tudo o que se pode acumular de valores materiais nesta vida, nada valerão na vida futura, é a maior lição de relativismo que se poderia encontrar. Quando este conhecimento é aceito, cria-se um vácuo de valor, que se não é preenchido, derruba toda a base de sanidade de nossa caminhada.

" Eu sou o caminho, a verdade, a vida". É a salvação de nossa saúde mental.

Quando achamos um ateu que não acredita na Verdade, encontramos um sofredor coerente, quando encontramos quem se diz católico que não acredita na Verdade, encontramos um doente.

Crer que a Verdade absoluta tem que existir é muito fácil, porque crer, ter fé, ultrapassa o meu livre arbítrio no sentido em que após eu bater na porta dívina súplicando a fé, mesmo que eu me comporte como um ateu, não terei mais a liberdade de apagar a fé como se jamais a tivesse conhecido.
A fé, gratuitamente, nós recebemos de Deus quando a pedimos, é a única coisa que precisamos pedir, e somente a pedimos e recebemos, quando aceitamos que não podemos compreender nossa exitência sem a existência de Deus.

Atualmente, há que acredite que as leis da ciência estão tão avançadas, que eliminam a necessidade de Deus e ainda nem sabemos como e quem determinou estas leis, tão bem obedecidas.

Qualquer pessoa pode pedir a fé, com seu coração aberto e com certeza a receberá, é evidente que os pobres, os mansos, os injustiçados, os que choram, os misericordiosos, estão mais propensos a bater à porta.

Para ter fé basta ser simples, mas para ser ateu é preciso ser sofisticado.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sobre a razão no livro dos espiritos

Há algum tempo, uma amiga católica, influenciada no ambiente de trabalho, passou a achar a doutrina espirita, mas conveniente de ser seguida, era , segundo ela mais baseada na razão, então apenas para que ela avaliasse, li o "Livro dos espíritos" de Allan Cardec e recortei as frases onde a palavra razão tinha o significado de juízo, talvez muitos prefiram ler no livro para contornar possíveis alterações de contexto, mas para a necessidade daquele momento foi suficiente.


" O uso da razão no livro dos espíritos".

  • O homem que considera que o seu saber é infalível está bem perto do erro. Mesmo os que defendem as mais falsas ideias apoiam-se sempre na sua razão...

  • ...aí encontrará a solução de mais de um mistério que sua razão procura inutilmente penetrar.

  • Espiritismo é o antagonista mais terrível do materialismo! ... ..., eles se defendem com o manto da razão e da ciência,


  1. A razão nos diz que entre o homem e Deus deve haver outros escalões...

  2. A razão diz que um efeito inteligente deve ter como causa uma força inteligente, e os fatos provaram que essa força pode entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais...

  3. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.

  4. A razão vos diz, de fato, que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo,O que se pode opor a esse raciocínio?

  5. – A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer o absurdo disso.

  6. Entretanto, há uma coisa que a vossa razão deve deduzir

  7. ...e, entretanto, a própria razão diz que não pode ser de outro modo.

  8. A razão, apoiada na ciência, reconheceu a...

  9. A religião nos ensina que não pode ser assim, e a razão o confirma.

  10. A razão não vos diz que seria injusto privar, para sempre, da felicidade eterna todos aqueles cujo aprimoramento não dependeu deles mesmos?

  11. A razão nos demonstra essa doutrina e os Espíritos a ensinam.

  12. Coloquemo-nos, momentaneamente, num terreno neutro, admitindo o mesmo grau de probabilidade para uma e outra hipótese, isto é, a pluralidade e a unicidade das existências corporais. Vejamos para qual lado nos guiará o nosso interesse e a razão.

  13. Da mesma forma, nós a teríamos rejeitado, mesmo que tivesse vindo dos Espíritos, se nos parecesse contrária à razão,

  14. ...cabe a nós julgar friamente e pesar suas revelações na balança da razão.

  15. As leis divinas são as mesmas para todos os mundos?
    – A razão diz que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos seres que os habitam.

  16. O ensinamento dos Espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém possa alegar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com a razão.

  17. Tudo é relativo e cabe à razão distinguir cada coisa.

  18. A ideia do nada tem algo contrário à razão.

  19. Interrogai o bom senso, a razão, e perguntai-vos se uma condenação perpétua por causa de alguns momentos de erro não seria a negação da bondade de Deus.

  20. A razão humana é limitada, é bem verdade, mas mesmo assim é um presente de Deus. Assim, com a ajuda da razão, não existe uma única pessoa de boa-fé que não seja capaz de compreender a natureza relativa da noção de castigos eternos!

  21. Mas se esses castigos são apresentados de maneira que a razão se recuse a acreditar neles, não terão nenhuma influência.

  22. Não exige uma crença cega, quer que se saiba por que se crê; ao se apoiar na razão, será sempre mais forte do que aqueles que se apoiam no nada.

  23. A razão deve ser o supremo argumento e a moderação assegurará melhor o triunfo da verdade do que as críticas envenenadas pela inveja e pelo ciúme.

Filosofia para a sala de aula

G. K. Chesterton



O que o homem moderno precisa aprender é simplesmente que todo argumento tem em sua base uma suposição; isto é, algo de que não se duvida. É claro que você pode, se quiser, duvidar da suposição que está na base de seu argumento, mas nesse caso estará começando um argumento diferente com uma outra suposição em sua base. Todo argumento começa com um dogma infalível, e esse dogma infalível só pode ser discutido se recorrermos a algum outro dogma infalível; você jamais poderá provar seu primeiro enunciando, ou então ele não será o primeiro. Isto é o bê-á-bá do pensamento. Que tem um ponto especial e positivo: pode ser ensinado na escola, como o outro bê-á-bá. Não começar uma argumentação sem antes declarar seus postulados é algo que pode ser ensinado em filosofia como é ensinado em Euclides, numa sala de aula comum com um quadro-negro. E penso que deveria ser ensinado de maneira simples e racional mesmo para os jovens, antes de saírem para as ruas e serem entregues à lógica e à filosofia dos meios de comunicação.
Muito da nossa confusão sobre religião e das nossas dúvidas advém disto: nossos céticos modernos sempre começam afirmando aquilo em que não acreditam. Mas mesmo de um cético queremos saber primeiro em que ele acredita. Antes de discutir, precisamos saber o que é que não se discute. E essa confusão aumenta infinitamente pelo fato de que todos os céticos do nosso tempo são céticos em diferentes graus da dissolução que é o ceticismo.
Agora, você e eu temos, espero, esta vantagem sobre todos esses hábeis novos filósofos: não estamos malucos. Todos nós acreditamos na Catedral de São Paulo; muitos de nós acreditam em São Paulo. Deixem-nos afirmar claramente este fato, que acreditamos em um grande número de coisas que fazem parte de nossa existência, e que não podemos demonstrar. E por ora deixemos a religião fora de questão. Afirmo que todos os homens sãos acreditam firme e invariavelmente em um certo número de coisas não demonstradas nem demonstráveis. Permitam-me apontá-las resumidamente:

1ª. Todo homem são acredita que o mundo ao seu redor e as pessoas que nele estão são reais, e não uma ilusão sua, ou um sonho. Nenhum homem começa a incendiar Londres na crença de que seu criado logo o acordará para o café da manhã. Mas o fato de que eu, em qualquer momento dado, não estou em um sonho não está demonstrado nem é demonstrável. O fato de que existe alguma coisa exceto eu mesmo não está demonstrado nem é demonstrável.
2ª. Todos os homens sãos acreditam não somente que este mundo existe, mas que ele é importante. Todo homem acredita que há em nós uma espécie de obrigação de nos interessarmos por essa visão ou panorama da vida. O homem são consideraria errado o homem que dissesse: "Eu não escolhi esta farsa e ela me aborrece. Sei que uma velha senhora está sendo assassinada no andar de baixo, mas estou indo dormir." Que exista alguma obrigação de melhorar as coisas que não foram feitas por nós não está demonstrado nem é demonstrável.
3ª. Todos os homens sãos acreditam que há algo que chamamos eu, ou ego, que é contínuo. Não há um centímetro de matéria em meu cérebro que permaneça a mesma de dez anos atrás. Mas se eu salvei um homem em uma batalha há dez anos atrás, sinto-me orgulhoso; se fugi, sinto-me envergonhado. Que haja algo como esse "eu" que permanece não está demonstrado nem é demonstrável. E isto é mais do que não demonstrado ou demonstrável; é matéria de discussão entre muitos metafísicos.
4ª. Por fim, a maioria dos homens sãos acredita, e todos os homens sãos na prática assumem-no, que eles têm poder de escolha sobre suas ações, e que são responsáveis por elas.

Seguramente é possível estabelecer alguns enunciados simples, modestos como os acima, para fazer com que as pessoas saibam em que apoiar-se. E se o jovem do futuro não deverá (no momento) ser instruído em nenhuma religião, poderá ser ao menos ensinado, clara e firmemente, sobre três ou quatro sanidades e certezas do pensamento humano livre.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Inversão de Valores

Como é possível fazer que uma senhora casada, quando perguntada se um marido deve respeitar e ficar com sua esposa ou sair com a vagabunda da sua amante, ela sem pestanejar diga que o correto é o marido sair com a vadia??

Imagime uma forma de fazer com que um pai que tenha filhos e filhas normais, e até seja um pouco homofóbico, ache melhor que crianças sejam educadas por pessoas abertamente homossexuais e frontalmente contra sua própria fé??

Como fazer que pessoas normais, com vivência religiosa, defensoras intransigentes da vida, de uma hora para outra, ache conveniente para o bem da saúde pública, que crianças sejam assassinadas, e que esta morte seja televisionada, e pior, passem a defender o crime como se jamais tivessem acreditado na vida??

E mais, mesmo que pareça impossível, como fazer uma mulher, que quando criança, sonhava com o principe encantado que matando o dragão viesse salva-la da solidão, venha agora a processar o príncipe por causa da perda irreparável do dragão!!

Para obter todas estas soluções pós modernas?? Midia bem usada!

Todos os dias vemos em filmes e novelas, amantes bem vestidas, educadas bondosas se contrapondo a mães de família mal arrumadas e mal humoradas, vemos ainda professores mal remunerados, despreparados e até grosseiros e sendo comparados com meninos alegres, sorridentes, prestativos e interessados.
Ainda encontramos, problemas de vida de meninas que tiveram seus direitos desrespeitados, com uma gravidez não planejada e com sua vida comprometida por um feto, de quem ninguém vê o sofrimento.

Quando uma vida inicia no ventre materno, e toda uma existência já está definida, a Igreja diz; ame, a televisão diz; mate.

Quando há um problema no relacionamento a religião diz corrija-se, a televisão diz busque alguém que o entenda.

Quando o relacionamento familiar, pessoal, e afetivo estiver sempre entrando em becos e você não vê como tormar sua vida interessante, a Igreja diz; busque Deus, a televisão te mostra pessoas alegres, justamente porque Deus não lhes impõe regras.

Não importa quanto o demônio faça para tentá-lo, a única arma que ele tem é a mentira, acreditar nela é uma escolha de cada um, e não importa quanto pareça ser o pecado mais doce que a fé, o custo nunca é possível de pagar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cozinhando o Sapo

Criou-se um conceito, amplamente aceito, de que todos devemos lutar pela liberdade de expressão, tão aceito, que atrever-se a pensar em dizer algo contra, só por si, me deixa constrangido.

Todos os meios de comunicação alardeiam perversões que podem ocorrer dentro da Igreja, isto embora pareça ruim, não o é, é preciso que os erros sejam mostrados e corrigidos, e quando alguém se espanta de que certos erros ocorram dentro da Igreja é apenas sintoma de que estes erros não são esperados de quem se espera santidade, e isto choca, mas é corrigível.

Agora quando estes mesmos meios de comunicação, não atacam a Igreja, mas atacam os seus ensinamentos, taxando-os como ultrapassados, e incentivando seu espectadores a terem vergonha de serem conhecidos como cristãos, quando os meios de comunicação mostram a mulher como objeto de uso coletivo e confere a isto uma qualidade boa, e mostra mulheres completamente sem caráter como modelo de pessoa, diria que estamos amornando a água da panela.

"A Igreja Cristã tem ensinado como um ideal de castidade: que a castidade é simplesmente a virtude cujo tema é sexo, assim como a coragem é a virtude, cujo tema é o perigo e dificuldade." (E.Anscombe)

Na sociedade atual é impossível falar de castidade, os jovens já foram adestrados a compreender que o sexo não só é livre, mas é a única coisa que eles podem livremente usar para participar de tribos urbanas. Um jovem casto é considerado animal em extinção (se ainda existir). Pior é que o sentido mais amplo de castidade nem é conhecido, nosso jovens já não querem ser "Templo do Espirito santo", nem nunca foram ensinados que é uma perda irreparável. Os jovens acreditam na 'moral' ensinada em programas de televisão, e sua moral vale menos que 25 centavos.

Quando vemos as grandes redes de televisão, rechear seus programas com pessoas sem dignidade as quais receberem prêmio pelo seu comportamento "progressista", mais ainda as apresentadoras de televisão são pessoas que trocam mais de macho que de calcinha, (chamam de marido). Agora podemos dizer que a água da panela está tépida.

Quando alguém quer dizer que todas as religiões são porcaria e só atrapalham a vida das pessoas, esta pessoa diz "--Todas as religiões são boas." Os primeiros católicos não foram perseguidos pelos romanos, porque os romanos eram intolerantes, os católicos foram perseguidos e assassinados pelos romanos, porque os católicos eram intolerantes com os deuses dos romanos.

"O cristianismo estava em desacordo com o mundo pagão, não só sobre o infanticídio fornicação e idolatria, mas também sobre o casamento. Os cristãos foram ensinados que o marido e a mulher tinham direitos iguais na corpos um do outro, uma mulher é ofendida pelo adultério do marido dela, assim como um marido por sua esposa."(E.Anscombe)
A volta do paganismo, é uma volta de uma não religião, é a supremacia da ignorância sobre a liberdade. Deseja-se a liberdade que nunca existiu, é o retorno do que já morreu, e acredito infelizmente que as pessoas que proclamam o neo paganismo são pessoas de boa intenção, burrinhas, mas de boa intenção. Toda a pregação, de liberalização esbarra no meu próximo, ( para o 'filosofo' Kant era o outro).

O filósofo grego Sócrates foi condenado à morte pelo estado ateniense, sua acusação era de corromper os jovens, de não prestar culto à deusa da cidade. Hoje em dia, considera-se "corromper aos jovens", ensinar a ser não politicamente correto, ser intolerante com o erro, quem disser que uma vida normal e sadia é coisa boa, corre o risco de ser perseguido ideologicamente. A deusa da cidade é uma religião que tudo aceita, como correto, é sem pé nem cabeça. E no caso de Sócrates, ele foi o intolerante, se ele tivesse dito que seus ensinamento não eram assim tão corretos, bastava para não ter que tomar cicuta, mas de forma intolerante afirmou que sem a verdade a vida não teria sentido.
The Supreme Court’s June 26, 2003 decision in Lawrence
v. Texas effectively denied the existence of God’s Eternal
Law and natural law, and established its own atheistic and
anarchic “morality.”
Quem dorme tranquilo, acreditando que o estado, que ajuda a manter, cuidará para que a paz seja assegurada e não vigia, este não verá que o estado também dorme e de forma maliciosa não avisa que a inundação está vindo destruir sua casa, sua dignidade, sua fé na vida.
Quando os poderes estabelecidos, juntam-se para determinar o fim da moral, da família e do cristianismo, e as pessoas de bem de forma adormecida não percebem o mau chegando a suas portas, então agora podemos dizer que a água ferveu, e temos um sapo ao molho.*





* Estudos biológicos demonstram que um sapo colocado numa panela sobre a chama, com a mesma água da sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que a água aquece. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura e morre quando a água ferve. Inchado e feliz.









sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pecado

Talvez seja melhor discutir "pecado", não utilizando a doutrina da Igreja, embora esta seja a forma mais correta, mas pela lógica humana, se a lógica não for contaminada deverá ao fim atingir objetivo semelhante. Quando terminamos de listar os motivos morais/religiosos, que condenam o pecado, não temos mais uma única pessoa interessada em ouvir qualquer argumentação.

Mudando o foco, vamos falar de 'Liberdade'!!
Um grande pensador disse que
não aceitava uma doutrina se
esta o impedia de livremente
acorrentar-se.
Eu sempre admiro uma pessoa que não faz o que eu aconselho, mesmo sabendo todo o mal que isto deverá lhe causar.
A palavra chave é "sabendo", toda liberdade implica em consequências, se alguém pula de um avião sem paraquedas, estando no uso de sua razão, é um legitimo e último ato de liberdade.

Quando frente a uma mesa repleta com grande quantidade de alimentos, uma pessoa loucamente, tentar colocar em seu estomago o que lá não cabe, neste momento talvez devêssemos verificar o quão livre é esta atitude. Parece estranho mas é comum.

Se um homem esconde dinheiro e evitar gastá-lo, por ser apegado apenas ao fato de possuir tal valor, mesmo que isto custe sacrificar pessoas a quem ame, embora seja atitude possível, ainda aqui, seria bom saber se ela pode representar liberdade.

Quando uma pessoa, encontra outra, que poderia ser um modelo de sensualidade e beleza, e que para chegar ao ato sexual, com este modelo de sensualidade, pise no sentimento e na sensibilidade de pessoas que ama, as quais por contraditório que seja pretende que continuem a amá-la, de novo teríamos que nos perguntar, foi ainda aqui um ato livre?

Punir o pecado, não é punir a liberdade, é sim punir a burrice.

Mudando o foco, vamos falar de 'Felicidade'!!

Outro pensador disse que o sofrimento é
sofrimento para um santo e para qualquer
pessoa, a diferença é que para o santo
o sofrimento não impedia a felicidade.
Felicidade é desapego, mas não é desistência, desejar o mais, é obrigação do ser humano, pois para isto foi criado, é muito mais do que um animal, mas a ausência do mais, não pode ser motivo para perder a felicidade.

Mudando o foco, vamos falar de "Tristeza"!!
Mais um disse que, toda tristeza é a perda de um
deus, e quase sempre é a perda de um falso deus.
Se eu fizer da quantidade/qualidade do alimento o meu deus, eu não vou suportar sua perda, minha tristeza será enorme, e me fará acreditar que minha vida não tem valor.

Se depositei o meu deus em um cofre e este for roubado, de que adiantará viver, a tristeza tomará conta do meu coração.

Se encontro o meu deus, em outra pessoa através do sexo, e se isto me for proibido, melhor seria morrer, a tristeza não me deixaria mais o somo tranquilo.

A tristeza é quase sempre idolatria, isto é a substituição de Deus por um deus pequeno, que carregamos dentro de nós em nossa arrogância.

Mudando o foco, vamos falar de 'Morte'!!
Jamais devemos confundir um suicida com um mártir,
este morre por desdém à morte, aquele desdém à vida.

Jamais encontraremos uma pessoa, que tenha visto a morte e nos diga como ela é, tanto a morte quanto papai noel e o coelhinho da páscoa. Quando somos crianças, nós não entendemos nenhum dos três, mas acreditamos nos três, na medida em que crescemos "evoluímos", deixamos de crer nos três. O problema é que, se refletirmos sobre a morte, assim que ela ganha um cunho de verdade nossos apegos diluem-se como mentiras.
Alguém condenado à morte, entregaria todo o seu dinheiro, todo o seu alimento, e toda a sua virilidade, por mais um dia de vida, e isto não é covardia, é apenas colocar os valores em sua escala real. Passamos a vida, desprezando nosso próprio valor, como filhos de Deus e na hora que somos chamados mostrar a escala de valores que sempre tivemos e mantivemos escondida, veremos que é a mesma escala, que todos o homens trouxeram consigo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Religião

Quando alguém afirma, que comer é ruim, é fácil de contestar, o que é ruim é comer mal, comer demais, comer coisas erradas, comer pouco, e a afirmação simplória de que comer é ruim, mostra-se sem sentido.


Tenho ouvido, de pessoas que acreditam que Deus existe, portanto não são ateus, acreditam até que Jesus Cristo existiu, que é filho de Deus, e que veio para nos salvar etc etc etc. E Estas mesmas pessoas, afirmam que "religião é ruim".

Neste momento, temos que parar de discutir, e descobrir o que é religião, e também o que não deve ser, e isto de forma clara. Três definições são necessárias: religião por definição é uma religação(re ligare) de Deus com o homem; deve ser fruto de uma revelação, seria muita pretensão o ser humano definir Deus e seus desígnios; religião deve proporcionar uma vida melhor(Deus é bom).

Agora, atingimos uma gigantesca barreira, que é representada pelo gigantesco número de religiões, incompatíveis entre si. Desta barreira não temos a intenção de passar.

Vamos piorar o conceito, e dizer que a ligação Deus <> homem é pessoal, portanto, o número de religiões seria mais correto, quando fosse igual ao número de humanos. Mas, não tivemos todos as tais revelações que permitiriam fundar nossas religiões. A religião pessoal imaginada por mim, conforme as minhas necessidades é apenas arrogância camuflada. Se não tive revelação, preciso usar a revelação de outra pessoa, mesmo que isto tenha sido a milhares de anos. No caso dos cristão é preciso crer no apocalipse que desceu do céu.

Quando eu era criança, tinha muita vontade, de comer porcarias
todo o tempo e isto só melhorava, quando minha mãe medicava-me
com vermifugo, as vontades NÃO eram minhas, eu estava
sob o controle, de pequenos vermezinhos.

O grande desafio, de qualquer, verdadeira religião, é convencer aos homens que o que eles chama de liberdade é prisão e que os desejos, não controlados e atendidos sempre, não são provas de liberdade. Algumas doutrinas orientais, acreditam que a morte completa dos desejos, seja o mais adequado, mas, que não ser controlado pelos desejos, seja bom, deve estar correto, entretanto perder a liberdade de sentir desejos, seria muito ruim para o homem e indesejável por Deus que os criou. Deus criou os desejos, e eles são bons, o homem apenas os perverteu.
Outro problema, é que os homens, mais fortemente espiritualizados, em algum momento acham-se dignos de uma estátua, por terem vencidos todos os pecados.
Mas apesar de tudo isto:
creia, porque crer é bom e nos faz melhor;
tenha uma religião e se não for perfeita, ajude-a;
sempre aceite conselhos de pessoas felizes;
siga o homem que carrega o mais fraco nas costas;
nunca sofra por não ter feito o que não podia fazer.

Casamento, procriação.


"Mas se a união sexual pode ser deliberada e totalmente
divorciada da fertilidade, então poderemos perguntar
por que a união sexual deve estar dentro de uma união
conjugal? E ainda mais, se a união conjugal não tem
como objetivo formar uma família qual o seu sentido?"

A relação sexual é um procedimento que impede que uma criança seja "perpetrada" sem que hajam dois cúmplices, e desta forma fornecemos para a criança um pai e uma mãe para dela cuidarem. O prazer obtido é um subproduto muito bom e que evita ser necessário que o homem fique preso à mulher para garantir a fecundação, como acontece aos cães.
"pois o fundamento da oposição à prostituição
e ao adultério, era que a relação sexual
deveria ser um procedimento que normalmente
oferece às crianças a um pai e uma mãe para cuidar deles."

(Elizabeth Anscombe)

O casamento foi instituído para gerar uma família, uma estrutura definida, com funções determinadas, embora o sexo esteja dentro do casamento, poderíamos dizer que o casamento é uma forma de dar continuidade ao ato, mais do que isto, é o ritual de "por a mesa", é a cerimônia de "sentar-se e sentir-se feliz", limpo. Quem já teve oportunidade de alimentar porcos sabe que o ato de comer para estes animais não tem nenhum ritual, nenhuma cerimônia, joga-se no chão e desta forma, eles comem a fartar-se. O ato sexual, sem o casamento, é como um ato sem ritual e sem cerimônia, algo que deve dar prazer, desde que não se tenha olfato.
Nunca poderemos enxergar o sexo, sem considerar o ato físico, fortemente ligado à parte animal do ser humano, mas jamais poderíamos no ater apenas neste aspecto.
Há uma tendência pós moderna que acredita na liberdade de qualquer ato e que não existe "certo" ou "errado", existe apenas minha opção particular, embora seja convencionalmente chamado de pós moderno, este conceito é mais antigo que o próprio conceito de religião, e obviamente são incompatíveis.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Evolução X Criação

Comentário a video na internet que mostrava Richard Dawkins entrevista Alister McGrath.

http://br.video.yahoo.com/watch/5912981/15395011

Dawkins maliciosamente colocou o "teologo" numa situação desconfortável e chegou a tal ponto a pressão que o ateu permitiu que a conversa passasse de discutir a existência de Deus para a validade da existência de Cristo.

É estranha a facilidade com que ateus colocam "teologos" em "check", chego a ter a impressão que "jogam no mesmo time".

Discutir a "Teoria da Evolução" como opção para a existência de Deus é ridículo e infantil para qualquer pensador minimamente preparado.

A grotesca falha da "Teoria da Evolução" quando quer provar a não necessidade de Deus é: a teoria da evolução é a teoria da evolução!

Qualquer pensador que não seja mau intencionado sabe que evoluir significa passar de um estado anterior( menos evoluido) para um estado posterior(mais evoluido). Agora forçando uma regressão nos estados evolutivos, haveremos de chegar a um momento que precisaremos "evoluir" de um estado vazio para um estado existência. Assim sendo toda a evolução é um passo seguinte ao passo fundamental que é a criação.

Para evitar este passo inicial e antes que algum ateu distraído tente fazer, eu me adianto, necessitariamos de uma particula inicial que "sempre existiu". Se este agumento for usado por um ateu evolucionista ele corre o sério risco de conversão imediata.

O uso das leis da natureza para provar qualquer ponto de vista evolucionista, como contra ponto a Deus, sempre é não natural, um aluno mediano de segundo grau já aprendeu que uma reação quimica que exista independente de ação(energia externa) é uma reação que degrada, onde sempre existe perda da condição inicial (involução), que se for continuada em sucessivas reações deverá conduzir à entropia crescente dos elementos componentes.

A teoria da evolução, sem Deus, teria que ser tão poderosa quanto o Deus descartado, ela precisaria criar energia do nada para poder continuar a aventura de errar e acertar quase ao infinito, assim atingir a complexidade de uma molécula.

Nunca devemos desprezar a existência dos ateus, a natural tendencia ao acomodamento, sem um desafio à inteligência nos afastaria do Deus que tanto proclamamos.